tag:blogger.com,1999:blog-70202515469966768172024-03-14T13:52:12.230-03:00viollasaupLiteratura, Arquitetura e Outros Sistemas de Significações (LAOSS). Música, Teorias, Poéticas, Físicas, Matemáticas e masturbação mental.arquiteliteraturashttp://www.blogger.com/profile/05547268963980322792noreply@blogger.comBlogger38125tag:blogger.com,1999:blog-7020251546996676817.post-69832333986925948202011-05-03T01:18:00.008-03:002011-05-03T02:20:19.476-03:00A SEMANA PASSADA NUM DORMITÓRIO DO PARQUE MOSCOSO: UNE MAISON DE RENDEZ-VOUS<div align="left"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg82eMv4p-BsET04mlFUtDA8Y0IhjfMY5DIM3KdW0dMDTg5xwWZ-Gs6xX9dKjS8gmyL1xD__neNWv8pa_QZJOB159qm5hDaHPOGNACPmDTZwEoT1jbcG2GdCYamZDjMjxFABnXPr6y6UVU/s1600/12.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5602347623995438194" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 266px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg82eMv4p-BsET04mlFUtDA8Y0IhjfMY5DIM3KdW0dMDTg5xwWZ-Gs6xX9dKjS8gmyL1xD__neNWv8pa_QZJOB159qm5hDaHPOGNACPmDTZwEoT1jbcG2GdCYamZDjMjxFABnXPr6y6UVU/s400/12.jpg" border="0" /></a> <em><span style="font-family:times new roman;">MUNIZ, P. ;</span></em><em><span style="font-family:times new roman;">THOMPSON, A.; </span></em><em><span style="font-family:times new roman;">CAPANEMA, D.; FERRARI, P.<br /></span></em><em><span style="font-family:Times New Roman;"></span></em><br /><span style="font-family:times new roman;"><em>Relatório de pesquisa realizada entre as prostitutas do Parque Moscoso (centro de Vix-ES) pelo método de observação participativa, da Escola de Chicago, apresentado à Disciplina Sociologia Urbana, ministrada no Centro de Ciências Humanas e Naturais da Universidade Federal do Espírito Santo, em 2005, como requisito parcial para obtenção de créditos nessa disciplina, para a grade curricular de Arquitetura e Urbanismo.<br />Orientação: Profª. M. Guizardi</em></span></div><br /><p align="left">SUMÁRIO<br /><br /><em><span style="font-family:times new roman;">1 PREPARAÇÃO..........................................................................................3<br />2 PRELIMINARES........................................................................................4<br />2.1 PERCALÇOS DO TRABALHO DE CAMPO..........................................5<br />2.1.1 Riscos de um pesquisador participativo clandestino.......................... 5<br />2.1.2 Introdução num bar do Parque Moscoso...........................................7<br />2.2.INFORTÚNIOS DE UM MEMBRO COMPLETAMENTE IMERSO....8<br />2.3.NO MENU DE SERVIÇOS, O ORAL PARA ALÉM DO RELATO........9<br />2.4 CONCLUSÃO: FOI BOM PARA TODOS?.........................................14<br />6.REFERÊNCIAS</span>.....................................................................................16</em></p><br /><p align="left">1 PREPARAÇÃO<br /><br />Uma pesquisa de campo à moda da Escola de Chicago avalia o fim da primeira unidade de nosso contagiante curso de Sociologia Urbana. Para realizá-la, decidimos infiltrar um componente de nosso grupo, a fim de fazer uma pesquisa participativa no Parque Moscoso, centro de Vitória, com prostitutas que flutuam pela região.<br /><br />Nossa decisão decorreu de três motivos: primeiro, a prostituição constitui um evento social que interessou à Sociologia empírica da Escola de Chicago. Exemplificam-no, as pesquisas sobre “[...] as dançarinas profissionais[...]”, realizadas por Cressey, em São Francisco, EUA, em 1932 (COULON, 1995, p. 105). O segundo motivo se deve à sugestão do P. Muniz, que disse conhecer a região, por isso, à moda de Anderson, não se sentiria muito “[...] fora do lugar em que [conduziu] a [nossa] investigação” (COULON, 1995, p. 104). O terceiro é de ordem operacional mesmo: com 7 disciplinas para cursar, temos “livres” apenas as sextas-feiras pela manhã. Numa dessas manhãs, realizamos essa tarefa.<br /><br />Propusemo-nos a conhecer parte do mundo de referência da prostituição pelo ponto de vista de quem a pratica e de quem a ela recorre em busca de serviços. Assim, elegemos a entrevista aberta, a fim de que a depoente expusesse sua história de vida. Agregamos a isso o relato etnográfico obtido pelo processo dialógico. </p><br /><p align="left">Nesse processo, nosso convívio, por questões operacionais, foi obtido por apenas um pesquisador (o P. Muniz), durante uma curtíssima permanência no ambiente pesquisado: 3h30min duma manhã de sexta-feira, nos arredores do Parque Moscoso (centro de Vix-ES). Por isso, o relatório enfoca mais os procedimentos de pesquisa que os depoimentos, que foram poucos.<br /><br />Planejamos nossa tática de abordagem em quatro etapas: 1) contato visual com o campo de trabalho e discussão sobre o tema; 2) infiltração para interação prática direta e coleta de depoimentos; 3) levantamentos fotográficos; e 4) redação de relatório. </p><br /><p align="left">As tarefas de cada etapa foram assim distribuídas: para reconhecer o campo e discutir o tema, participaram todos os componentes do grupo; para infiltrar-se na região, a fim de coletar depoimentos, escalamos o P. Muniz; para o levantamento fotográfico, a A. Thompson, o D. Capanema e a P. Ferrari; e para a redação e digitação do relatório, todos contribuíram. </p><br /><p align="left">Mantivemos o relato interpretativo na primeira pessoa do plural; e os depoimentos da prostituta entrevistada, na primeira do singular. Este trabalho começará pelas preliminares, a seguir. </p><br /><p align="left"><em><span style="font-family:courier new;">(O texto na íntegra será disponibilizado posteriormente).</span></em></p>arquiteliteraturashttp://www.blogger.com/profile/05547268963980322792noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7020251546996676817.post-49479876474488090212011-05-03T01:00:00.001-03:002011-05-03T01:14:16.081-03:00OS MUROS TÊM A PALAVRA: NOTAS DE UM DIÁLOGO ENTRE ARQUITETURA E LITERATURA NOS DOMÍNIOS DA ESCRITA<div align="right"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjva7QafuI-eakDjla6Uo0VOcn5eaNjnTi2nujdClRXDWZBpPwJiQX4Cexf_ZdC6gNsTA96wbEM0tcK9QzgrKzKQaE4rxmcm9NLqNkJU7F2CNeeolWmsYI_W6BMROTvc8pkwNITdGnbQM/s1600/photos.p+011.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5602337658976680194" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjva7QafuI-eakDjla6Uo0VOcn5eaNjnTi2nujdClRXDWZBpPwJiQX4Cexf_ZdC6gNsTA96wbEM0tcK9QzgrKzKQaE4rxmcm9NLqNkJU7F2CNeeolWmsYI_W6BMROTvc8pkwNITdGnbQM/s400/photos.p+011.jpg" border="0" /></a><span style="font-family:times new roman;"><em>Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Arquitetura e Urbanismo do Centro de Artes da Universidade Federal do Espírito Santo, como requisito parcial para a obtenção do grau de bacharel em Arquitetura e Urbanismo.</em></span></div><br /><div align="right"><span style="font-family:times new roman;"><em><br />Orientador: Professora Doutora Clara Luíza Miranda. </em></span></div><br /><div align="right"><span style="font-family:times new roman;"><em>Coorientador: Professor Mestre Ernesto Pachito<br /></div></em></span><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">RESUMO<br /><br />Diálogo entre os olhares da Arquitetura e da Literatura para os muros, nos orbes de referências móveis de textos variados: poéticos, históricos, arquitetônicos, filosóficos, lingüísticos etc. Viabilidades de percursos e permanências do homem que nomeia um lugar próprio no mundo, e aí mura e mora. Trânsito da escrita à arquitetura e da arquitetura à escrita, em que se urdem possíveis colóquios entre o propínquo e o longínquo, na superfície abaulada do banal e nas dobras da hierarquia. Sugestão de que nos espaços contingentes, delimitados pelos muros, ora se interdita o tráfico que possibilita as tangências e as travessias entre as solidariedades estranhas e as trocas efetivas, ora se liberam as demandas rivais e letais entre as profusões das pluralidades confusas e as ordens fugidias. Descrição de uma Literatura arquitetando-se em face do leitor que a escreve no ato de sua leitura, e de uma Arquitetura escrevendo-se diante do residente que dá sentido à habitação no momento em que dela se apropria e a transforma. Leitura d’O muro literário, de Jean-Paul Sartre, inscrito no prelúdio que anunciava a Segunda Guerra Mundial (a Guerra Civil Espanhola), mas apontando para o passado e o futuro, nos quais se tecem os enredos do homem desterritorializado sobre o solo. Mas seria aí, no contato com o húmus, que se imaginariam saídas e entradas como estratégias para enfrentar o horror potente e metafórico do Minotauro.<br /><br />Palavras-chave: Muro. Arquitetura e Urbanismo. Cidade. Literatura. Escrita. História.</div>arquiteliteraturashttp://www.blogger.com/profile/05547268963980322792noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7020251546996676817.post-91427129638770139072011-04-18T10:31:00.002-03:002011-04-18T10:38:06.408-03:00LITERATURA E TRADUÇÃO: TRAIÇÃO, TRADIÇÃO E CONTRADIÇÃO<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_9mu7JdNrWA8n5MmzrB3sZe_lcWNK2mpGicTBXpA8gZNdbpK2yEedNCRoscCGF338PivVdff60Aa20RkpNrpKSb_AMIs5gte0wMA7ayll3ihURWz7qLLWK98cmyQxVVx3_2LzG0H6WDA/s1600/Foto0008.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5596917140497428802" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_9mu7JdNrWA8n5MmzrB3sZe_lcWNK2mpGicTBXpA8gZNdbpK2yEedNCRoscCGF338PivVdff60Aa20RkpNrpKSb_AMIs5gte0wMA7ayll3ihURWz7qLLWK98cmyQxVVx3_2LzG0H6WDA/s400/Foto0008.jpg" border="0" /></a> <br /><div>Estudo de três questões pertinentes à Literatura e à tradução: traição, tradição e contradição. A tradição encena a traição com estes epigramas, um italiano e outro francês: traduttori, traditori e belles infidèles. Mas o que eles traduzem? Como o fazem? Que valores traem? A contradição põe a tradução entre a intuição prática – destituída de teoria e reflexão específica – e a pluralidade de textos que a coloca nos domínios da religião, da filosofia, da literatura, da metodologia e da ciência. Reflexão acerca da teoria da tradução no âmbito literário, de suas poéticas, que balizam a crítica pertinente às várias faces do traduzir. Enfoque no exame da tradução de obras literárias, pelo viés da Tradutologia como possibilidades de “pensamento-da-tradução”, reflexão, ensino e outras possibilidades, concedendo à prosa criativa e à poesia o mesmo regimento estético. O procedimento de pesquisa será a análise e a comparação de textos, com um breve cotejo dum excerto original, de Hamlet, e suas traduções à luz da leitura de escritos teóricos, tendo como foco central os textos de Antoine Berman. Em nível de conclusão, aponta-se que a maioria das traduções se estabelecem técnica e artisticamente, avalizando a tradição, mas, com as críticas modernas a elas dirigidas, tendem a confrontar-se com suas traições e contradições, sair da zona de conforto e se afinarem com os valores da experiência e da reflexão. </div><br /><div></div><br /><div>Palavras-chaves: Literatura. Linguagem. Tradução. </div>arquiteliteraturashttp://www.blogger.com/profile/05547268963980322792noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-7020251546996676817.post-23757606639072421932011-02-18T12:28:00.002-02:002011-02-18T12:44:20.129-02:00MEMÓRIAS E ESTÓRIAS-COBERTURAS NAS TRAMAS DUM FALSO MENTIROSO<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhE2USyQmh-QuFQafH3gBXic4j1HJ23Ll4zv7tWMoW4TXyFrlpJ5sycCYbrzVRGsmxAQvWMHsqjaTNl_QCDaFdiJdkf-5deSrgk6y6meBwfgjtUsnse-Ti_nhEQ6Hrt7rjGGa2_pPfyiLg/s1600/Roldi+055.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5575039508763525298" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhE2USyQmh-QuFQafH3gBXic4j1HJ23Ll4zv7tWMoW4TXyFrlpJ5sycCYbrzVRGsmxAQvWMHsqjaTNl_QCDaFdiJdkf-5deSrgk6y6meBwfgjtUsnse-Ti_nhEQ6Hrt7rjGGa2_pPfyiLg/s400/Roldi+055.jpg" border="0" /></a><br /><div align="center"><span style="font-family:times new roman;">(Pagu, a cadela Dog alemã do Sul, aos 3 meses)</span></div><br /><br /><div>RESUMO<a style="MARGIN-LEFT: 1em; MARGIN-RIGHT: 1em" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgpG4hqrZX_Q1111CHe47rNfiZ9asuJnyl-ozpG-GoARwuEzqeESzg9Km6gF7iTEQUgzmMVfsfMNE6LcjJY2X2LkERPQrcon59khMj0J4sBxPr8UCRraRC1lCJbVwokFxYjiEoQavSuVw/s1600/argus_2.jpg" imageanchor="1"></a><br /><br />Estudo do romance O falso mentiroso: memórias, de Silviano Santiago, pelo viés da autoficção, a fim de ler o abalo das noções de original, cópia, verdade e sujeito, associados às ideias de autor, personagem e narrador na literatura contemporânea. Um caminho para se chegar a isso é a vinculação do título desse romance ao conceito de estória-cobertura (mentira útil), circunscrito aos paradoxos das linguagens veiculadas pelo crime e pelos aparelhos de segurança estatais, em cujas estruturas a ficção constitui uma estratégia vital para o sucesso de seus empreendimentos. Outro caminho é aproximar esse romance de pensadores como Lejeune, Agamben, Foucault, Barthes, Klinger, Miranda, Figueiredo, Studart e o próprio Santiago, para subvencionar a leitura duma escrita de si que associa autor e personagem como um gesto da escrita, sem igualá-lo ao narrador que se enuncia na escrita. Os resultados vislumbrados aqui indicam que as estratégias de dissimulação das estórias-coberturas são recorrentes noutras narrativas e personagens de Silviano Santiago, como se lê nas performances dos agentes da esquerda e da direita do romance Stella Manhattan e noutras obras, fornecendo uma visão dos paradoxos sobre a construção da própria literatura.<br /><br />Palavras-chave: narrativa contemporânea, estória-cobertura, morte e retorno do autor e autoficção.</div>arquiteliteraturashttp://www.blogger.com/profile/05547268963980322792noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7020251546996676817.post-27094491755846343732010-11-16T02:12:00.004-02:002011-05-04T11:43:40.461-03:00Experiência e espetáculo na escrita de si contemporânea<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8UbDj3BJOpOcyJnYtUT9tWOqOEfPVN0q0wcnwVhiMoTvab_d3HzN240jVDWATW2qghSzBnqukxMeD18NjBwBO6dy7WWDdpecYV0YvZ9Qh_5nGw3A9-ewb-Chd_gnh0OGoDF6WwkPzLRM/s1600/Imagem+289.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5602862910481184258" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 291px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8UbDj3BJOpOcyJnYtUT9tWOqOEfPVN0q0wcnwVhiMoTvab_d3HzN240jVDWATW2qghSzBnqukxMeD18NjBwBO6dy7WWDdpecYV0YvZ9Qh_5nGw3A9-ewb-Chd_gnh0OGoDF6WwkPzLRM/s400/Imagem+289.jpg" border="0" /></a><br /><br /><p align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirHxIiApJ1vxBjpA9Mcwy3Kj6A1Zb2VAmp9ylBdBCiMc-Yn2CwDAKNoAsNRwB2LL0lExmrcz00cXBdFCzhizdeB5I8WXlW3ifszxisNUzwucDqwk5mojouMdInTMhGYmOvePsvGXPHqMw/s1600/Imagem004.jpg"></a></p><br /><br /><br /><br /><br /><div align="justify">UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO<br />CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS<br />DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS E LETRAS – DOUTORADO EM LETRAS<br /><br />RESMUNO 5: PAULO MUNIZ DA SILVA (bolsista da Fapes)<br /><br />VIEGAS, Ana Cláudia. Experiência e espetáculo na escrita de si contemporânea. In: CHIARA, Ana; ROCITA, Fátima Cristina Dias (Org.). <em>Literatura brasileira em foco</em>: o eu e suas figurações. Rio de Janeiro: Casa doze, 2008, p. 137-149.<br /><br /><span style="font-family:times new roman;">[...] a perda da comunicabilidade dever-se-ia não ao caráter inefável do que se experimenta, mas à fragmentação da subjetividade, na qual se sedimenta a experiência (VIEGAS, 2008, p. 147).<br /></span><br />Viegas discute a constituição da subjetividade moderna, que se acompanha de práticas com as quais se arquivam os eus. Fragmentação e justaposição de textos curtos, imagens e sons aproximam os <em>blogs</em> do conceito de autorretrato e da noção espacial de sujeito, que se forma por meio de exterioridades, alusões e apropriações. Assim, ora vítimas de elogios inconsequentes, ora mártires de autoestima equivocada, os <em>blogueiros</em>, exibem-se em lances ao vivo. Nesses lances, a seus eus pouco se lhes apraz guardar o passado; o que querem mesmo é reter o presente, visto que não tenham pósteros, mas contemporâneos.</div><br /><br /><br /><br /><br /><div align="justify"><br />A ensaísta retoma a comparação entre o que se diz sobre o narrador em dois textos: um de Walter Benjamin; outro de Silviano Santiago. No primeiro, recupera extinção da arte de narrar que decorre da falta do intercâmbio de experiências; no segundo, recobra o narrador repórter, que transmite, pela escrita, um saber oriundo dum olhar sobre a vivência alheia, destituída das palavras orais ou grafadas. </div><br /><br /><br /><br /><br /><div align="justify"><br />Lendo esses dois autores, Viegas cerca o narrador <em>blogueiro</em> que, distinto dos anteriores, se põe no centro da ação narrada, com relatos curtos, fugazes, a partir de eventos encenados na própria superfície abaulada do banal. Assim, apresenta a precariedade do cotidiano, entremeando experiência e ficcionalidade, posto que, embora escreva pensamentos, eventos e opiniões, como num diário em primeira pessoa, o <em>blogueiro</em> situa sua grafia entre experiência e invenção, retomando “o olhar e a palavra”, numa letra impura, que parece redefinir as relações entre escrita e fala.</div><br /><br /><br /><br /><br /><div align="justify"><br />Viegas localiza entre os adeptos dessa prática certos escritores, como Cecília Giannetti e Marcelo Mirisola, que usam <em>blogs</em> para experimentação, contato primário com leitores, divulgação de publicações, eventos literários, agenda cultural e para procedimentos de autoficcionalização. No <em>blog</em>, a leitura tem caráter ativo, instável e criador; ela atualiza-se nos comentários que instauram uma cacografia trivial, interativa e helicoidal, reunindo a oralidade e a escrita, adaptadas a novos tempos e espaços.</div>arquiteliteraturashttp://www.blogger.com/profile/05547268963980322792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7020251546996676817.post-32574739981376891892010-10-20T11:59:00.003-02:002010-10-26T10:44:39.344-02:00Breve mapeamento das últimas gerações (Vitória, 2010/2)<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5xiYu-koozEFxakUIDZnXRlGbn3709LwD4eQJ8wVBCnJQ9IwlLZ2QMS5ZxznO4gownSry5vMn6bRhWGKvZc4cpazs5ZpNbRvoXOQHJpdhHNll9gDSxn_zxGl-rGoeMZhkelCbuBCbYBE/s1600/Imagem004.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5530131011119864466" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5xiYu-koozEFxakUIDZnXRlGbn3709LwD4eQJ8wVBCnJQ9IwlLZ2QMS5ZxznO4gownSry5vMn6bRhWGKvZc4cpazs5ZpNbRvoXOQHJpdhHNll9gDSxn_zxGl-rGoeMZhkelCbuBCbYBE/s400/Imagem004.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO<br />CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS<br />DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS E LETRAS – DOUTORADO EM LETRAS<br /><br />RESMUNO 4: PAULO MUNIZ DA SILVA (bolsista da Fapes).<br /><br />SCHOLLHAMMER, Karl Erik. Breve mapeamento das últimas gerações. In: ______.<em>Ficção brasileira contemporânea</em>. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2009, p. 21-51. (Coleção contemporânea).<br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Ainda existem traços que configurariam uma identidade nacional na literatura brasileira? [...] que papel teria essa questão nas propostas de escritores mais recentes? (SCHOLLHAMMER, 2009, p. 21)<br /></span><br />Essa epígrafe norteia a discussão a que Schollhammer procede. Nisso consiste um mapear de temas e opções estilísticas, formais, que se apresentam nos escritos de autores brasileiros das décadas de 1980, 90 e atual. Evitando a canonização e o <em>marketing</em>, o autor abdica das estatísticas de vendas de livro e de prêmios literários, para assumir um olhar sobre continuidades e rupturas produzidas pelos escritores atuais, o que não significa que tenham de ser jovens. Situando-os nos tempos pós-coloniais e globalizados, indaga também sobre o significado do adjetivo “brasileiro”.</div><br /><div align="justify"><br />A década de 1980 já indicaria a passagem dum ciclo nacional da literatura brasileira para uma literatura de extração citadina, cuja identidade brasileira se aliviaria das constrições mais pragmáticas associadas ao “grande romance nacional”. O foco dos narradores incidiria sobre as novas metrópoles pátrias, iluminando a miséria, o crime e a violência, consequentes da indigência e da informalidade que grassam sobre o tecido social urbano. Aí, seus personagens encenariam a deserção dos grandes projetos, o esvaziamento das personalidades e a crise da identidade nacional, social e sexual.</div><br /><div align="justify"><br />Assim, a literatura urbana se sintonizaria com o agitado desenvolvimento demográfico do país pelo viés do realismo social. Mas isso já viria da década de 1960 e atravessaria os anos 70, usando o conto curto como estratégia de engajamento estético contra a ditadura militar. Com isso, ignoraram-se também as grandes questões utópicas e universais, as críticas do otimismo futurista e as demandas de modernização. </div><br /><div align="justify"><br />Nesse contexto, reemergiram as narrativas autobiográficas e as memorialistas, trazendo a reboque a incapacidade de as instituições sociais resolverem os graves problemas que assolam as urbes. Inovam-se as formas do realismo com a prática do hibridismo entre o literário e o não literário, a exemplo dos <em>romances reportagens</em> e <em>romances ensaios</em>, na busca por uma literatura verdade. </div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Entre tais narrativas, contam-se as pós-modernas em que consiste a retomada dos mitos de fundação (unindo o épico e o best seller) e a reescrita da memória nacional a partir de uma historiografia metaficcioal, expondo livros e seus autores aos lumes da fama. Ganham visibilidade, os veteranos como, Rubem Fonseca, e as estreantes, como Patrícia Melo. No entanto, esses e outros escritores não quebraram a hegemonia das traduções de autores, como Dan Brown, que congestionam a lista dos mais vendidos, ao lado dos livros didáticos.</div>arquiteliteraturashttp://www.blogger.com/profile/05547268963980322792noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7020251546996676817.post-6682878086098662742010-10-20T11:46:00.003-02:002010-10-20T11:57:47.648-02:00Experiência e pobreza (Vitória, 2010/2)<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiKSq_B3rHFITy5Ee6I3eQkqjGQxzk-phIyH8bbSwiK0qa6R81G9MFBw32owJsTLyrHCsb1CzxJMwRdNEM7hUSWcKaxyciaY6VeGF5hjwbrSwVpWlMGuIhxeZFSK0u5WyoDrDZ45wNF9k/s1600/Imagem+035.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5530125989119260034" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiKSq_B3rHFITy5Ee6I3eQkqjGQxzk-phIyH8bbSwiK0qa6R81G9MFBw32owJsTLyrHCsb1CzxJMwRdNEM7hUSWcKaxyciaY6VeGF5hjwbrSwVpWlMGuIhxeZFSK0u5WyoDrDZ45wNF9k/s400/Imagem+035.jpg" border="0" /></a><br /><div></div><br /><div></div><br /><div align="justify">UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO<br />CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS<br />DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS E LETRAS – DOUTORADO EM LETRAS<br /><br />RESMUNO 3: PAULO MUNIZ DA SILVA (bolsista da Fapes)<br /><br />BENJAMIN, Walter. Experiência e pobreza. In: ______. <em>Magia e técnica, arte e política</em>: ensaio sobre literatura e história da cultura. Tradução de Sérgio Paulo Rouanet.7. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994, p. 114-119. (Obras escolhidas, v. 1).<br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Quem encontra ainda pessoas que saibam contar histórias [...]? Quem é ajudado hoje por um provérbio oportuno? Quem tentará [...] lidar com a juventude, invocando a experiência? (BENJAMIN, 1994, p. 114).<br /></span><br />Com tais questionamentos, Benjamin localiza a pobreza da experiência no fatigado homem moderno, ao qual se sobrepôs o cruel desenvolver da técnica. Os sintomas dessa miséria se veem numa angustiante riqueza de ideias difundida sobre as pessoas, eletrizando-as, mas sem consertá-las. Assim, fenecem os provérbios, caducam-se os conselhos, emudecem-se os narrares e se embota a sabedoria. Mas noutros tempos, a experiência circulava como fartura de aconselhamentos e saberes. </div><div align="justify"><br />No passado, a experiência como tesouro, benevolente ou ameaçadoramente, se propagava de três formas: concisa, por meio de provérbios da prestigiada velhice; prolixa, com a loquacidade das histórias; e narrativa, em que os mais velhos falavam aos mais jovens. Mas esse passado cindiu-se. </div><div align="justify"><br />Benjamin detecta tal cisão nos eventos datados entre 1914 e 1918: guerra de trincheiras, inflação, fome e imoralidade política. Esses fatos silenciaram os combatentes e viabilizaram o surgimento de uma nova barbárie em que a pobreza da experiência se assume como honra, e o engendramento da “quebra” incita a humanidade para frente, a recomeçar, a construir com pouco. </div><div align="justify"><br />Desiludidos com seu tempo e, simultaneamente, fiéis a ele, “antenas da raça”, entre escritores e arquitetos, como Scheerbart e Loss, excluem o orgânico da linguagem e da habitação, instaurando, aí, o construtivo e o arbitrário com o uso de vidro e aço em suas obras literárias e arquitetônicas. Duros, lisos, frios e sóbrios, vidro e aço não absorvem rastros, não comportam auras, nem contêm o mistério. Isso se opõe ao quarto burguês, com seus vestígios que atestam posses e corroboram hábitos. </div><div align="justify"><br />Nesse contexto, aspira-se não à riqueza, mas à pobreza da experiência. Não pela falta, mas pelo excesso, posto que os homens tudo devorem, saciando-se e extenuando-se. Assim, cansados, sonham uma existência milagrosa, em que se unifiquem natureza, técnica, primitivismo e conforto, como aquela do camundongo Mickey. </div><div align="justify"><br />Nessa pobreza, consequente da Primeira Grande guerra, Benjamin credita o empenho vil de todas as peças do patrimônio humano, cujo retorno seria de 1/110 do valor investido. E o pior: outra guerra planetária se entrevia, para a qual a humanidade se preparava rindo. Assim, Benjamin viu a descontinuidade linear do aprimoramento do homem e das massas pelo viés do não narrar mais a partir da experiência própria.</div>arquiteliteraturashttp://www.blogger.com/profile/05547268963980322792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7020251546996676817.post-77163061042476332342010-10-20T11:13:00.004-02:002010-10-20T11:58:58.262-02:00A morte do autor (Vitória, 2010/2)<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjL-CMx27gh1HzJ_jDlf2s1NpYBnbVYd7nRAKP-F7oyyBgoCA3sFKBiTs_5i7ccvizPXkBwQUwmJ_GbpMT9cn2R8sTQn3m3LWYyzq4AevwV5hcYwo8hQevWYBy4kd3NKxtvuM1UvSTtXQw/s1600/Imagem+044.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5530123696368475922" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjL-CMx27gh1HzJ_jDlf2s1NpYBnbVYd7nRAKP-F7oyyBgoCA3sFKBiTs_5i7ccvizPXkBwQUwmJ_GbpMT9cn2R8sTQn3m3LWYyzq4AevwV5hcYwo8hQevWYBy4kd3NKxtvuM1UvSTtXQw/s400/Imagem+044.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify">UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO<br />CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS<br />DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS E LETRAS<br />DOUTORADO EM LETRAS<br /><br />RESUMO 1: PAULO MUNIZ DA SILVA (Bolsista da Fapes)<br /><br />BARTHES, Roland. A morte do autor. In: ______. <em>O rumor da língua</em>. Tradução de António Gonçalves. Lisboa: Edições 70, 1987, p. 49-53<br /><br /><span style="font-family:times new roman;">[...] a unidade de um texto não está na sua origem, mas no seu destino (BARTHES, 1987, p. 53).<br /></span><br />O destino a que a epígrafe se refere é o leitor, cujo nascimento aciona a morte do autor, em que consiste, em Barthes, a tão questionada voz autoral. Não se trata de um destino pessoal, mas de alguém destituído de história, manco de biografia e despido de psicologia. Nesse alguém, reúnem-se, num mesmo campo, todos os traços que constituem o texto. Tais traços se referem às múltiplas escritas que, suscitadas de culturas diversas, se interpenetram e interagem em diálogos, paródias e contestações, como Vernant (apud BARTHES, 1987, o. 53) constatou, alumiando a compreensão parcial que os personagens da tragédia grega demonstraram em relação à duplicidade de sentido de que se investiam as palavras de tal obra.<br /><br />De cara, em “A morte do autor”, Barthes questiona isto: de quem é a fala que Balzac grafa em <em>Sarrasine</em>? Isso não se sabe, posto que o começo da escrita destrua toda a voz autoral, toda a origem. Mas quem seria esse morto ilustre? Para Barthes, seria uma entidade moderna que, no findar da Idade Média, esculpiu-se no empirismo bretão, polui-se no Racionalismo francês e consagrou-se na Reforma como pessoa humana. Assim, o Positivismo o concebeu para a glória do capitalismo.<br /><br />No entanto, de Mallarmé ao Surrealismo, com seu automatismo psíquico, a experiência da escrita desgastou a noção de autoria individual. Um texto não se forjaria numa linha de montagem em que se produza o sentido único de uma mensagem de que o autor seria seu arauto. Num texto, engendrar-se-ia um espaço de múltiplas dimensões. Aí se aliariam e se contrariariam escritas variadas, cuja originalidade se lhe escapa ao autor. Tessitura de citações, com múltiplos focos culturais, a escrita se devolve a seu devir, com a chegada do leitor e partida do autor.</div>arquiteliteraturashttp://www.blogger.com/profile/05547268963980322792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7020251546996676817.post-46528339682897595642010-10-20T10:13:00.004-02:002010-10-20T11:05:26.995-02:00O autor como gesto (Vitória, 2010/2)<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoCJ52Te8e42qKvmZsJALvUZ_zBiE7DurOlkKcukfbEbP9XKxChyKbUuqDZVf306mRs8IBd0s5qS4qgZLxzSYXkBAs-i_OE1Ha7RyYZluTYWRY0FcuuyujwIovHO8eaIOHRlxWSWmZG2w/s1600/Imagem+006.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5530104803951799378" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoCJ52Te8e42qKvmZsJALvUZ_zBiE7DurOlkKcukfbEbP9XKxChyKbUuqDZVf306mRs8IBd0s5qS4qgZLxzSYXkBAs-i_OE1Ha7RyYZluTYWRY0FcuuyujwIovHO8eaIOHRlxWSWmZG2w/s400/Imagem+006.jpg" border="0" /></a> UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO<br />CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS<br />DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS E LETRAS: DOUTORADO EM LETRAS<br /><br />RESUMO 2: PAULO MUNIZ DA SILVA (Bolsista da Fapes)<br /><br />AGAMBEN, Giorgio. O autor como gesto. In: <em>Profanações</em>. Tradução de Selvino J. Assmann. São Paulo: Boitempo, 2007, p. 55-63.<br /><br /><br /><div align="right"><span style="font-family:times new roman;">[...] definir como se exerce a função-autor [...] não equivale a dizer que o autor não existe </span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;">[...].</span><span style="font-family:times new roman;">Retenhamos, portanto, as lágrimas (FOUCAULT apud AGAMBEN, 2007, p. 57).<br /></span><br />Nessa irônica resposta de Foucault a Goldman, Agamben identifica um gesto para mapear a circulação discursiva da função-autor como um processo de subjetivação. Mediante esse processo, um indivíduo se distingue e se institui com autor de certo corpus de textos.<br /><br />Em face da palestra proferida pelo pensador francês (<em>O que é um autor?</em>), o filósofo italiano localiza no regesto<a title="" style="mso-footnote-id: ftn1" href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=7020251546996676817#_ftn1" name="_ftnref1">[1]</a> a demarcação das formas sob as quais o sujeito-autor pode apresentar-se na ordem do discurso. Essas formas se resumem na singularidade de sua ausência, posto que estabelecer-se como autor é apropriar-se do lugar de um morto.<br /><br />Essa singularidade e esse ocupar-se, Agamben os localiza na instantânea e opaca ilegibilidade do sujeito que brota de outro texto foucaultiano: <em>A vida dos homens infames</em>. Ali, no encontro com o poder, reles existências humanas fulgem foscas, marcadas pela torpeza. Estariam esses seres, nesse instante em que cintilam turvos, grafados para se darem a conhecer? Não. E Agamben o justifica, discernindo, no gesto dos escribas que os grafaram, sua subtração a toda possível apresentação, como se a linguagem, mesmo acolhendo-os, não os exprimisse.<br /><br />Nesse gesto em que se distingue o inexpresso em cada ato de expressão, Agamben localiza a presença do autor, que, como o infame do escrito foucaultiano, se apresenta no texto apenas num aceno. Ali, ao mesmo tempo em que se viabiliza a manifestação, estabelece-se a perspectiva de um vazio fundamental.<br /><br />Assim, seja entre os seres infames, seja entre os personagens de Dostoievski, Agamben capta o jogo em que se põem as vidas reais nos umbrais do texto. Aí, nesse ponto em que o autor, num gesto, joga uma vida na obra, constitui-se ele, também, nesse gesto.</div><br /><br /><a title="" style="mso-footnote-id: ftn1" href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=7020251546996676817#_ftnref1" name="_ftn1"><span style="font-family:times new roman;">[1]</span></a><span style="font-family:times new roman;"> Compilação de atas e documentos resumidos [...] ou um resumo de certo documento histórico (AGAMBEN, 2007, N.T.)</span><br /></div>arquiteliteraturashttp://www.blogger.com/profile/05547268963980322792noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7020251546996676817.post-33160959165645560452010-04-16T10:24:00.002-03:002010-04-16T10:35:17.126-03:00Um poema de Colbert Lars Riod'oro<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPSt8t2CIkXyepSvmX9GwDXvXXEIbZO9gEZ60yReixIyJkJlBBZxvI3Gw8EvAcQ1N0lB1F17Jj9wAccBwegBMmflTUyUVjz9fC9HOrS-4eTZBbde7QsNjCQm8tlLa9a10D3hf8o84e_NY/s1600/Imagem005.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5460728205173068130" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPSt8t2CIkXyepSvmX9GwDXvXXEIbZO9gEZ60yReixIyJkJlBBZxvI3Gw8EvAcQ1N0lB1F17Jj9wAccBwegBMmflTUyUVjz9fC9HOrS-4eTZBbde7QsNjCQm8tlLa9a10D3hf8o84e_NY/s400/Imagem005.jpg" border="0" /></a><br /><div></div><br /><div></div><br /><div>AMOR PLATÔNICO<br /><br /><br />Pedir-lhe-ei que aqueça minh’alma nessa noite fria,<br />Aumentando a temperatura do meu ser,<br />Usando das artimanhas do amor,<br />Levando-me ao êxtase do tesão, com<br />Orgasmos múltiplos, reportando-me ao prazer astral.<br /><br /><br />Meu corpo implora seu calor,<br />Unindo nossas línguas ao beijar,<br />Nuanças de estrelas a brilharem,<br />Induzem ao relance tão real...<br />Zeus, traga-me esse amor total.<br /><br /><br />Diga-me onde estás?<br />Antes de essa noite acabar,<br /><br /><br />Sussurre uma canção ao meu ouvido,<br />Invente posição que me excite,<br />Limpe minhas costas arranhadas,<br />Vem fazer-me feliz,<br />Amar, Amar, Amar.</div><br /><div></div><br /><div><br />(Colbert L. Riod’oro)</div>arquiteliteraturashttp://www.blogger.com/profile/05547268963980322792noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7020251546996676817.post-19122301220139011862010-04-11T20:05:00.004-03:002010-04-16T10:19:44.594-03:00Um poema de Riobaldo Torres Crol<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOoHz7FI7oBCLjbjnV8R5FK6heCmKao1gmkeB6zHCL8Fx5nAjmXueQTFIH1EA5NklwFmfG9sh51BHU2paZDs5cJdoyWOMTsQMwNux2yldtlsIsDcOpx3goht-MfTqtu8YreDxLHThqdU0/s1600/rock1%5B1%5D.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5460723881615392898" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 300px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOoHz7FI7oBCLjbjnV8R5FK6heCmKao1gmkeB6zHCL8Fx5nAjmXueQTFIH1EA5NklwFmfG9sh51BHU2paZDs5cJdoyWOMTsQMwNux2yldtlsIsDcOpx3goht-MfTqtu8YreDxLHThqdU0/s400/rock1%5B1%5D.jpg" border="0" /></a><br /><div></div><br /><div></div><br /><div>DESPEDIDA 02/04/10<br /><br />Minhas esperanças acabaram.<br />Procuro respostas, mas não as encontro.<br />Motivos? Não os visualizo,<br />mas o vazio da perda e o coração partido<br />levam-me ao nó na garganta. O grito incontido<br />emerge com força e ecoa ao infinito:<br /><br />Por quê? Por quê? Por que tanta dor?<br />O peito queima e o coração palpita.<br />A lágrima rola face abaixo<br />e as mãos trêmulas<br />enxugam o rosto, num movimento brusco,<br />como a recriminá-lo por estar sofrendo...<br />Sofrendo de amor.<br /><br />Amor na chegada, com tanta alegria; e<br />amor na partida, com tanta tristeza.<br />Por que não somente chegada e nunca partida?<br />Alegria e tristeza, tristeza e alegria,<br />Amor na chegada e amor na partida.<br /><br />Vá, seja feliz com o que chegou.<br />Minha dor dar-lhe-á forças para o novo amor.<br />Siga tranqüilo, não olhe para trás!<br />Deixe-me sozinho,<br />com minha dor singular!<br /><br />(Riobaldo Torres Crol)</div>arquiteliteraturashttp://www.blogger.com/profile/05547268963980322792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7020251546996676817.post-55688503247055122872010-04-09T09:52:00.004-03:002010-04-16T10:11:04.532-03:00Jalousie<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvdJJ8WRvaY-eapUsGgcnOpTwu7N9EuXcj47Yokm3n-yawd3ck51s8n5nwq-79MbXDFXgc6eRI34xsIfjUyDSSfIO5oxSzYObF2Nc6EcGHOEKWBpoLg8zRIUu06EPVqbSYtYTLpi4phow/s1600/Roldi+039.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5458131268941188546" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvdJJ8WRvaY-eapUsGgcnOpTwu7N9EuXcj47Yokm3n-yawd3ck51s8n5nwq-79MbXDFXgc6eRI34xsIfjUyDSSfIO5oxSzYObF2Nc6EcGHOEKWBpoLg8zRIUu06EPVqbSYtYTLpi4phow/s400/Roldi+039.jpg" border="0" /></a><br /><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEcDSAFbxnpi4tu6YIteggW_9H9dGcCM3yNVEsIV0CJvWMxkeQL46mZ7DFCZ2eG-Pqy3Kx5QHg-BriCM_soEki-msIRB5RlPHyjbJb9UTYsdppFQ6JR8f-rmn93Gy7rjZDwU6vBettlhM/s1600/Roldi+033.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5458130317864428498" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 240px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEcDSAFbxnpi4tu6YIteggW_9H9dGcCM3yNVEsIV0CJvWMxkeQL46mZ7DFCZ2eG-Pqy3Kx5QHg-BriCM_soEki-msIRB5RlPHyjbJb9UTYsdppFQ6JR8f-rmn93Gy7rjZDwU6vBettlhM/s400/Roldi+033.jpg" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><div>"<span style="font-family:times new roman;">Não fique tão grilado; a vida é uma sucessão de momentos lindos ou horríveis, felizes ou tristes, não importa a sequência, mas, sim, a sua passagem, pois, dessa maneira, consolidamos nossa existência, e montamos o nosso filme particular, que só cabe a cada um de nós avaliar e julgar. Assim como você, também tenho direitos e obrigações e no momento só estou fazendo jus a eles." (COLBERT, 2010).<br /></span><br />Ah, os ciúmes, os grilos e essa sucessão de momentos... Esses meteoros em reta de colisão com a impossibilidade de se exercerem direitos e deveres na cor e ação daqueles que se ligam.<br /><br />Taí, essa impossibilidade da liberdade contra a qual o amor se choca é ébria. O amor tomaria por objeto um ser que pode, por exemplo, estar distante ou deitado ao lado, oculto num corpo. O amor será a sua extensão em todos os pontos do espaço real (virtual ou físico) que esse ser ocupou, ocupa ou ocupará. Se não se possui o contato com ele nas horas e nos os locais (físicos ou virtuais) em que esse ser habitou, não o possuiremos. No entanto, será que se podem tocar todos esses pontos por onde o ser amado passou, passa ou passará? </div><br /><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div>Não. Mesmo que esses locais nos fossem indicados, não os alcançaríamos. Tateia-se às cegas, sem nada encontrar. Daí, a desconfiança, o ciúme e as perseguições, gerando cachaças e serviços. E nisso, gastam-se tempos preciosos, seguindo pistas absurdas. Tudo debalde. Passa-se sempre ao lado (às vezes, ao largo) da verdade, sem nunca suspeitá-la. Como proteger-se disso? Certamente, não será com a montagem de filmes particulares. Talvez, com o esquecimento... "Mais uma dose? É claro que [você tá] afim." </div></div>arquiteliteraturashttp://www.blogger.com/profile/05547268963980322792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7020251546996676817.post-81175148814820301072010-03-24T13:04:00.011-03:002010-03-25T08:45:26.523-03:00RILDO ao sol: toque em lá, com a terça no baixo.<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMIs-pTSf3C1RMnxvrwFH3SEYtj78IcyIDTrU-yu68ZJdjg7llu-fpkLB5PvatSAtGGhbZPswHxla0UTqwBMjVyoCxDjcPo4HyGCoBhbjbM9Jb9x-CAp489o6Wl-6rkAPj6VvJYiqds2g/s1600/Imagem000.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5452233576685360930" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 300px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMIs-pTSf3C1RMnxvrwFH3SEYtj78IcyIDTrU-yu68ZJdjg7llu-fpkLB5PvatSAtGGhbZPswHxla0UTqwBMjVyoCxDjcPo4HyGCoBhbjbM9Jb9x-CAp489o6Wl-6rkAPj6VvJYiqds2g/s400/Imagem000.jpg" border="0" /></a>Cá e lá, ontem e hoje, em quatro estações, um<br />"Abacateiro, será meu parceiro solitário nesse itinerário [...]".<br />Rolda-se, aos ventos, o limite arquitetônico (conforto em domus),<br />Là bas, le champ labouré, ici les maisons, que, sempre,<br />Ont le parole, que não domina nem consome as rixas,<br />Sobretudo acerca do lugar incomum do catre fixo em ciclos.<br /><br /><br /><br />Reitere-se que pi não fecha o anel, nem o rompe; tangencia<br />O recomeço das eras, na paciência do vento:<br />Buril das montanhas, cujo tempo tem pó.<br />Enquanto se segam ósculos e se enrolam línguas,<br />Racionalizam-se as barras do viver na ponta da fruta silvestre.<br />Tudo, vai dar pé? Se não, traça-se, pela prosa e pelo verso,<br />O outono tocando as pontas do equinócio, nessas águas de março.<br /><br /><br /><br />Rios e rizomas metaforizarão a cópula e a conjunção dos copos<br />Outorgando nexo complusivo aos fins de manhã, tarde, noite...<br />Leaft na vida, assim, de roldão,<br />Delineia-se o fim desse interagir repedidamente, no entanto,<br />"Ínclita geração, altos enfantes", voltamos ao solstício de verão e...</div><div align="justify"></div>arquiteliteraturashttp://www.blogger.com/profile/05547268963980322792noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-7020251546996676817.post-70522175115275490422010-03-24T11:28:00.002-03:002010-03-24T13:01:34.681-03:00LORDI, Corsal Er Robot. O pacobá compulsivo. Vitória: Edsimesmo, 2008.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRkCiMlmosY7Uvz2lI4xv1j2GGIb4KVAlyYjT5rvxtlStIbh1NKaH9tz1N919eZl_sguRXyCgzhspn_Fur5zprpEwJEQGCSqgy7_g2hrRZuLzDiySlmGqHlM80jLQspczbb46qwB-aBOc/s1600/Imagem007.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5452208898733133410" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRkCiMlmosY7Uvz2lI4xv1j2GGIb4KVAlyYjT5rvxtlStIbh1NKaH9tz1N919eZl_sguRXyCgzhspn_Fur5zprpEwJEQGCSqgy7_g2hrRZuLzDiySlmGqHlM80jLQspczbb46qwB-aBOc/s400/Imagem007.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify">TER A PIA DO BOTECO? Em CLAROS enigmas, TER O ROB do mote, DIR-LO- ia<br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Pacová. [do tupi-guara.=’folha que se enrola’]. Substantivo feminino. Brás. L. a AM. Bot.: Grande erva rizomatosa da família das zingiberáceas (Renealmia exaltada), do interior da floresta pluvial, com folhas muito amplas, flores vermelhas, e cujos frutos são cápsulas que produzem sementes dotadas de odor aromático semelhante ao do cardamomo ao qual podem substituir. Cana-de-macaco (orangotango). (Aurélio, versão 6.0). Capixabês: pacobá.<br /></span><br /><span style="font-family:arial;">Agrada-me o vocábulo, mas isso é nada (paragrama saussuriano?). O mote não é primo, e já não compilo ofensas. Se meu próximo irar-se e advertir-me de que não me ama mais, não o punirei; tampouco o coagirei, a fim de que mo desdiga na cara. Não o enviarei à ponte que se partir nem direi que procure alguém distinto. Também não subirei à tribuna, para ordenar-lhe pragas. Ele é livre para me odiar, no entanto sei que me quer bem. Tal saber não está no obstar o sofrer, mas, sim, no não se desviar dele.<br /><br />Relações já se desfizeram porque uma pessoa disse à outra que acabou, que não volveria mais. E ninguém cedeu, não insistiu nem inquiriu de novo. E gastaram o tempo assim, para provar aquilo que um e outro desperdiçaram, confirmando o dano irremediável de suas frases. Aterrem-se nossas crueldades, para se velarem as injúrias! Ofertemos a nosso par a igual capacidade que temos de nos absolver. Assim, encobrir-se-ia ampla fração de nossos pepinos (no bom sentido). Nossos rivais descendem de teimas.<br /><br />Repreendemos com a taciturnidade a quem nos ama; supliciamos com silêncio a quem presumimos que nos quer bem; somos frios com quem depreendemos que nos preza, tudo isso, por uma declaração dita na complexidade irrestrita da convivência. Não vale o que se gozou antes; isso se expedirá como um boleto bancário de um grito, uma obscenidade, uma imprecação. A cobrança será infinda, mesmo que seu sentido tivesse sido provisório, peculiar do desafogo, de um instante desafortunado.<br /><br />Não há dor estoica e teatral; o páthos declara-se do jeito errado e do modo incorreto. Por que não perdoar? A contenda é um desespero; nela, não se sobressaem agrados e elogios. No entanto, fingimos que é calúnia e desacato. Mais fácil odiar do que trabalhar as próprias limitações e as alheias.<br /><br />A boicotagem instrui pelo martírio? Quiçá, sim, mas da pior forma, pois honra o castigo e se estima uma vingança. O ideal seria apartar-se um pouco, a fim de se pensar sobre o que produziu a discórdia. O boicote é um suplício mútuo, posto que ambos percam a perspectiva de fundar uma intimidade maior e mais nobre.<br /><br />A dicção engoda, expede, e o corpo suplica um abraço. Busque-se o gesto: esse elemento extralinguístico que se pendura na palavra. Mire-se nos rios: eles indicam a importância do que é tortuoso. Seguem a natureza astuta da água, mas sempre levam a alguma margem... Nem que seja a terceira.<br /><br />É no litígio que exibimos nossa criatividade. Repetimos clichês, sumimos, para impor uma lição ou surgimos com alguém, para humilhar ou fingir que nada sentimos. Reiteramos as convenções, salvaguardamos a vaidade e nos inquietamos com a honra mais do que com a “coleta relação”. Chamamos de desleixo a falta de cuidado com o que se disse, reivindicamos sensatez e impomos a rigidez de nossas razões, para expor o quanto somos fidalgos, coesos e constantes.<br /><br />O aparte deriva de motivos; a reconciliação, não. O bem-querer sempre se apura em dar outros lances (coups de dês). O esmero é cuidar do erro. Não há primor sem emprego da borracha e da reescrita.<br /><br /><br /></span></div>arquiteliteraturashttp://www.blogger.com/profile/05547268963980322792noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7020251546996676817.post-33335097324111506142010-02-19T10:39:00.002-02:002010-02-19T11:16:21.446-02:00Cronicamente viável...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiPV5xMEe56u5Y66NqrWnV-AeKXHPHbVmnGIxaTZkQO9ywEkstqUwUlva7Ivv05vzCRlHAeIiM_I7P3obvhKcS4Xfm5ONkv5AXhGDetbQ6IbjXLo4qidR42yMsa8xwnYx8m1lueQX5-L8/s1600-h/Imagem004.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5439942203603112050" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiPV5xMEe56u5Y66NqrWnV-AeKXHPHbVmnGIxaTZkQO9ywEkstqUwUlva7Ivv05vzCRlHAeIiM_I7P3obvhKcS4Xfm5ONkv5AXhGDetbQ6IbjXLo4qidR42yMsa8xwnYx8m1lueQX5-L8/s400/Imagem004.jpg" border="0" /></a><br /><div>... A ELITE DA LITERATURA EM TRÊS GÊNIOS.<br /><br />As críticas exasperadas proferidas por meus colegas universitários, docentes e discentes ligados aos “direitos e esquerdos humanos”, contra A elite da tropa trouxeram-me à leitura desse livro. Lendo-o, vi que as acusações de promoção da violência prolatadas contra essa obra não procedem. Nela, deparei-me com uma expressão da arte literária caracterizada nos termos, que passo a expor.<br /><br />Relatos fluidos, leves, eufêmicos, e irônicos corroboram estratégias eficazes, adotadas pelo narrador, a fim de abordar temas complexos como: polícia, bandido, política, sociedade, família, vícios, virtudes, hipocrisia, corrupção, violência, coragem, covardia, técnica, crime, castigo, Lei, justiça e honra; tudo isso entretecido com enredos, personagens, tempos e espaços sedutores.<br /><br />A fina ironia do narrador do livro (que me pareceu, à primeira leitura, o personagem protagonista, capitão Nascimento) e seus bem-humorados diálogos com o narratário (leitor virtual) identificam-se com certas obras do grande gênio, Machado de Assis. Na exposição de um realismo cru, estes três autores, Soares, Batista e Pimentel, nos presenteiam com uma obra literária ímpar, em que se nota, também, a influência indireta da genialidade do célebre Rubem Fonseca e a intertextualidade flagrante com o famigerado (bem-afamado) Nelson Rodrigues.<br /><br />Resta-me agradecer a esses três artistas das letras e homens de campo, de ação, e à editora Objetiva, pelo presente. Meus amigos intelectuais dos direitos humanos que me indultem, mas li o livro e assistirei ao filme.</div>arquiteliteraturashttp://www.blogger.com/profile/05547268963980322792noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7020251546996676817.post-15603492033026031862009-12-14T13:27:00.005-02:002010-03-25T08:57:40.486-03:00Ode não-truinfal ao footing: uma leitura, em rede diferencial, de Ferreira e Campos<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhPWpUtsLTPWPY7K3MlDwDhbciZ2R7S1BAoQ9an5SsEFgZWmxtneW2ZJIyAk0cEtCDrG6nTc4KMMVvNXEW8O1N8Uspqj21eahPbamgQnvC7-OwGc9jBiPc6cjnVDsvnSal2Np0Es_k0ck/s1600/Imagem006.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5452539117516774594" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhPWpUtsLTPWPY7K3MlDwDhbciZ2R7S1BAoQ9an5SsEFgZWmxtneW2ZJIyAk0cEtCDrG6nTc4KMMVvNXEW8O1N8Uspqj21eahPbamgQnvC7-OwGc9jBiPc6cjnVDsvnSal2Np0Es_k0ck/s400/Imagem006.jpg" border="0" /></a><br /><div>RECOLHA-SE ou VIRE-SE<br /><br />Não abra o sorriso!<br />Posso pensar<br />que foi pra mim.<br />Da outra vez, veio-me sem aviso<br />e então meu coração ficou assim:<br /><br />um girar de céu<br />bateu-me n'alma,<br />envenenou-me o sangue,<br />atingiu-me em cheio<br />e fiquei perdido: sumiu-me a calma,<br />tremeu-se-me a base e<br />rachou-se-me ao meio.<br /><br />Esse andar besta, esse ventre frio,<br />essa justa de esperar querendo<br />e o engolir palavras, fazendo-me de mudo<br />fizeram-me sonhar com tudo, mesmo nada tendo<br /><br />Você chegou e me pus aceso,<br />você sorriu e me cristalizou:<br />afrouxaram-se-me as pernas, secou-se-me a boca,<br />molhou-se-me a roupa e me petrificou.<br /><br />E foi você partir, meu melhor pedaço<br />quebrou-se em cacos e se foi pro ar.<br />Agora não me tente<br />irresponsavelmente,<br />que eu preciso tempo<br />pra me remedar.</div>arquiteliteraturashttp://www.blogger.com/profile/05547268963980322792noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7020251546996676817.post-37816683259367739512009-04-02T13:10:00.007-03:002009-04-02T14:15:30.503-03:00Física, Matemática, Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, tudo isso para seu deleite.<div align="justify"><span style="font-family:arial;">RESOLVA ESTAS QUESTÕES. AS REPOSTAS, JÁ AS CONHEÇO, O QUE VALERÁ AQUI É O PROCESSO PARA SE CHEGAR ÀS SOLUÇÕES.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">FÍSICA<br />(Observação: Quando necessário utilize g = 10 m/s2).</span></div><div align="justify"><br /><span style="font-family:arial;">1) Um corpo movimentando-se numa pista horizontal depara com uma rampa AB de 0,8 m de comprimento. No início da rampa, sua velocidade é de 5 m/s. Sabe-se que o coeficiente de atrito cinético entre o plano e a rampa é igual a 1/3. Considere que sen q = 0,8; cos q = 0,6 e que o ar não oferece resistência. A altura máxima, em metros, atingida pelo corpo em relação à pista horizontal é de aproximadamente?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">a) 0,3.<br />b) 0,6.<br />c) 0,7.<br />d) 0,9.</span></div><div align="justify"><br /><span style="font-family:arial;">2) Um baú, pesando 200N, em repouso, está apoiado no chão. O coeficiente de atrito estático entre o fundo do baú e o chão é de 0,41, enquanto o coeficiente de atrito cinético é de 0,32. Uma pessoa empurra o baú com uma força horizontal até colocá-lo em movimento. Uma vez iniciado o movimento, a pessoa continua a empurrá-lo com a mesma força aplicada para movimentá-lo. Nessa condição, a aceleração do baú, em m/s2, é aproximadamente?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">a) 0,7.<br />b) 0,9.<br />c) 1,0.<br />d) 1,2.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">MATEMÁTICA<br />3) Qual dos argumentos a seguir é inválido?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">a) Se alguém é político, então faz promessas. Se alguém faz promessas, mente. Logo, se alguém é político, mente.<br />b) Se o avião não tivesse caído, teria feito contato via rádio. O avião não fez contato pelo rádio. Portanto, o avião caiu.<br />c) Alberto será despedido ou transferido para outro departamento. Alberto não será transferido. Portanto, não será despedido.<br />d) Se Pedro ganhou dinheiro, comprará um tênis ou um relógio. Sei que Pedro não comprará um relógio. Portanto, se Pedro não comprar um tênis, não ganhou dinheiro.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><div align="justify"><br /><span style="font-family:arial;">4) Qual dos argumentos a seguir é válido?<br />a) Se Carlos mantivesse a palavra, as mercadorias seriam entregues ou estariam em bom estado. As mercadorias foram entregues, mas não em bom estado. Logo, Carlos não manteve a palavra.<br />b) Se meu cliente fosse culpado, a arma estaria no quarto. Se a arma estava no quarto, então João não a viu. A arma estava no quarto e o crime aconteceu no banheiro. Portanto, meu cliente não é culpado.<br />c) Se continuar chovendo, a cidade ficará alagada. Se continuar chovendo e a cidade alagar, haverá congestionamento. Se houver congestionamento, então o culpado é o prefeito. Logo, se continuar chovendo o culpado é o prefeito.<br />d) Se fizer revisão em meu carro, vou passar férias no Nordeste. Se passar as férias no Nordeste, passarei pela casa de meus pais. Se passar pela casa de meus pais, eles me impedirão de ir para o Nordeste. Portanto, vou para o Nordeste ou para a casa de meus pais.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><div align="justify"><br /><span style="font-family:arial;">5) Uma pessoa deve pagar R$ 200,00 daqui a dois meses e R$ 400,00 daqui a cinco meses. A juros simples de 5% ao mês, o valor de um pagamento único a ser efetuado daqui a três meses que liquide a dívida, em reais, é?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">a) 384,23<br />b) 463,71<br />c) 573,64<br />d) 600,00</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><div align="justify"><br /><span style="font-family:arial;">6) Qual o capital, em reais, de uma aplicação que, durante um ano e meio, à taxa de juros simples de 40% ao ano, rende juros de R$ 300,00?<br />a) 300,00<br />b) 420,00<br />c) 500,00<br />d) 600,00<br /><br /><br />7) Um empréstimo de R$ 100.000,00 é realizado por um sistema de amortizações iguais em quatro prestações trimestrais. Considerando-se que a taxa de juros é de 4% ao trimestre, o valor da terceira prestação, em reais, é<br />a) 25.000,00<br />b) 27.000,00<br />c) 28.000,00<br />d) 29.000,00</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">LÍNGUA PORTUGUESA<br />8) Aponte a alternativa em que não há quebra de paralelismo. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">a) “Ela baixou a cabeça. Perdeu a sintaxe do coração e as calças.” (O. Andrade)<br />b) “Sentiu o empurrão, e não se zangou; concertou o sobretudo e a alma, e lá foi andando tranqüilamente.” (M. de Assis)<br />c) “O sargento fora obrigado a voltar sozinhíssimo com armas e bagagens.” (M. Andrade)<br />d) “Ora<br />já faz talvez uma hora<br />que fumo e penso<br />sob a lâmpada e as asas do silêncio” (G. Almeida)</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><div align="justify"><br /><span style="font-family:arial;">9) Assinale a alternativa em que a concordância verbal está correta nas duas orações.<br />a)<br />I – A saúde e o bem-estar garante à população boa qualidade de vida.<br />II – Dona Santinha foi uma das que adoeceram de tanto tomar remédio.<br />b)<br />I – Procura-se herbanários para comprar poção receitada em macumba e sessão espírita.<br />II – Não se atenderão a reclamações de pacientes que compram remédio sem receita médica.<br />c)<br />I – Cinqüenta milhões são muitos, levando-se em conta que se trata da população total do país.<br />II – Apelaram-se para os médicos mais experientes do hospital.<br />d)<br />I – Havia muitas pessoas que se encontravam em saúde perfeita e, de tanto remédio sem conhecimento médico, acabaram doentes.<br />II – Devem haver muitos casos de mulheres que se tornaram estéreis devido ao abuso dos raios x.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><div align="justify"><br /><span style="font-family:arial;">10) Quanto ao emprego da norma culta da língua, está correta a frase da alternativa<br />a) “Até me esqueci da escola, a coisa que mais gostava”.<br />b) “Nossos braços seriam bastantes para bater todo aquele feijão?”<br />c) “Ela disse que eu ia perder o ano e eu lhe disse que foi assim que ganhei um ano.”<br />d) “Eu já sabia que quando as chuvas voltassem, lá estaria ele, plantando um novo pé de feijão.”</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">LITERATURA BRASILEIRA </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">11) Considerando a passagem seguinte de Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto,</span></div><div align="justify"><br /><span style="font-family:arial;">“— Severino retirante,<br />deixe agora que lhe diga:<br />eu não sei bem a resposta<br />da pergunta que fazia,<br />se não vale mais saltar fora da ponte e da vida;<br />nem conheço essa resposta,<br />se quer mesmo que lhe diga;<br />é difícil defender,<br />só com palavras, a vida, ainda mais quando ela<br />é esta vida severina;”</span></div><div align="justify"><br /><span style="font-family:arial;">e o conteúdo da obra, assinale a alternativa correta.</span></div><div align="justify"><br /><span style="font-family:arial;">a) Seu José, “mestre carpina”, chegando finalmente à cidade e lá descobrindo a mesma condição “severina” de vida, interpela Severino, se não vale mais a pena suicidar-se, pulando “da ponte e da vida”, já que, para os “severinos”, parece não haver esperança em parte alguma, o que iguala a vida e a morte, paralisando o mecanismo de sobrevivência que o impulsionara em sua jornada.<br />b) Severino, chegando finalmente à cidade e lá descobrindo a mesma condição “severina” de vida, interpela Seu José, “mestre carpina”, se não vale mais a pena suicidar-se pulando “da ponte e da vida”, já que, para os severinos”, parece não haver esperança em parte alguma, o que iguala a vida e a morte, paralisando o mecanismo de sobrevivência que o impulsionara em sua jornada.<br />c) Severino, chegando finalmente à cidade e lá descobrindo a mesma condição “severina” de vida, interpela Seu José, “mestre carpina”, se não vale mais a pena suicidar-se pulando “da ponte e da vida”, já que, para os severinos”, parece só haver esperança na morte, o que opõe e qualifica vida e morte, traduzindo o eixo significativo que dá título ao livro.<br />d) Severino, chegando finalmente à cidade e lá descobrindo a mesma condição “severina” de vida, interpela Seu José, “mestre carpina”, se não vale mais a pena suicidar-se pulando “da ponte e da vida”, já que, para os severinos”, como eles, aonde que se vá só se encontram outros<br />tantos severinos que nada sabem responder.</span></div>arquiteliteraturashttp://www.blogger.com/profile/05547268963980322792noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-7020251546996676817.post-70472496956894208862008-11-01T09:23:00.003-02:002008-11-01T10:03:03.639-02:00ELEGANTES DEMONSTRAÇÕES MATEMÁTICAS<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvgZ4h0a8IQS3jfdjieAqTfNWHp6ZiweJcbA93iOKn22ohD_4Txu8pBe4avjQK1PrtyrOA1DHONbc6I8lU6NdUzaqDKJ84glatE6o4DSQvfqj8B7cQso8CjTOj-bM8aDnlt7-SO2S7Um8/s1600-h/Imagem015.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5263657539720629330" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvgZ4h0a8IQS3jfdjieAqTfNWHp6ZiweJcbA93iOKn22ohD_4Txu8pBe4avjQK1PrtyrOA1DHONbc6I8lU6NdUzaqDKJ84glatE6o4DSQvfqj8B7cQso8CjTOj-bM8aDnlt7-SO2S7Um8/s400/Imagem015.jpg" border="0" /></a><br /><div>Aí seguem mais seis p[r]o[bl]emas para matemáticos, arquitetos e engenheiros. Não são fáceis. As respostas, eu as conheço. O que vale aqui é a resolução que cada comentarista conseguir dar a cada problema. Grato à loloshow e a contrasensocomum por resolverem o p[r]o[bl]ema número 1. Grato a todos o demais que comentaram o poema ou sugeriram algo.</div><br /><div></div><br /><div>2) Um casal decidiu que vai ter 5 filhos. Sem considerar as tocatas manuais e as cópulas de 1ª e 2ª leis, qual seria a possibilidade de que tivesse ao menos 2 meninos?<br />a) 3/5; b) 15/32; c) 1/2; d) 13/16; e) 17/20<br /><br />3) Uma caixa retangular, em forma de paralelepípedo, tem comprimento, largura e altura de 600cm 360cm e 240cm, respectivamente. Para se preencher o volume desse paralelepípedo com cubos idênticos de aresta, medindo um número inteiro de centímetros, quantos cubos deveriam ser usados?<br />a) 26; b) 28; c) 30; d) 32; e) 34<br /><br />4) O preço não-nulo de certo produto assimilou um aumento de x%; a seguir, sofreu uma redução de 2x%. Após essas alterações, o preço do produto passou a ser metade do seu valor inicial, antes do aumento. Quanto vale x?<br />a) qualquer valor; b) 25; c) 17√3; d) 30; e) 25(√5–1)<br /><br />5) Num sistema de coordenadas cartesianas ortogonais, considere-se a reta que passa pelos pontos (0, 3) e (6, 0). O ponto dessa reta mais próximo da origem é?<br />a) (2, 2); b) (4/5, 13/5); c) (1, 5/2); d) (1/2, 11/4); e) (0,5, 12/5)<br /><br />6) Um cilindro circular reto, com altura e diâmetro da base contendo a mesma medida, está inscrito numa esfera. Qual é a razão entre o volume do cone e da esfera, nessa ordem? (Obs.: o volume do cone, com raio de base r e altura h é ∏.r².h e o volume da esfera de raio R é 4.∏.R³)<br />a) 4√2/3; b) 2; c) 3√2/2; d) 5/2; e) 2√2<br /><br />7) Num quartel com 1250 soldados tem-se isto: 1) todos os militares que praticam surf também praticam voleibol; 2) nenhum dos que pratica futsal também pratica surf; 3) 10% dos que praticam voleibol também praticam surf; 4) 1/3 dos praticam futsal também praticam voleibol; 5) 50 militares não praticam nem surf, nem voleibol, nem futsal; e 6) 600 militares praticam apenas futsal.<br /><br />Quantos soldados que praticam apenas voleibol?<br />a) 230; b) 240; c) 250; d) 260; e) 270<br /></div>arquiteliteraturashttp://www.blogger.com/profile/05547268963980322792noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-7020251546996676817.post-4148615778096391392008-08-04T13:26:00.003-03:002008-11-01T10:32:17.530-02:00Pastiches, paródias, paráfrases: língua em ritmo de só xote.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEil5Iom86FOIzZidcmGtXv8o5eJeZuiub-zg-5vbzqAx7gsZ70rRWpYvDUTebeh3YZxKr3feZO9tJ8CBHY0QXVdpi4IGRlqmS6IxdEijVTgxg53oyFZd9Sah2Hr72_fvtDZDJ9n5usbBPU/s1600-h/179%5B1%5D.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5231013838351832962" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEil5Iom86FOIzZidcmGtXv8o5eJeZuiub-zg-5vbzqAx7gsZ70rRWpYvDUTebeh3YZxKr3feZO9tJ8CBHY0QXVdpi4IGRlqmS6IxdEijVTgxg53oyFZd9Sah2Hr72_fvtDZDJ9n5usbBPU/s400/179%5B1%5D.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify">Estavam sempre juntos, no mesmo sintagma, o substantivo e o artigo. Concordavam em tudo, dizia-se. Aquele, às vezes masculino, às vezes feminino, às vezes plural, era bem experimentado nas proposições da língua. Este, sempre determinante, tinha, em certos contextos, algo bem definido de feminino, singular; noutros contextos mudava de gênero, porque agora, amor, a barra é a concordância. Jovem, é <em>vero, ma non tropo</em>, exibia também seu <em>status</em> de predicado nominal. </div><div align="justify"><br />Ingênua, fonêmica e silábica, o artigo, porém, precedia. O outro, um sujeito oculto, com amplos vícios de linguagem, era figura fácil em leituras e filmes ortográficos. Nesse sintagma em que serviam à língua, era esta a situação: os dois sozinhos, num contexto de frases verbais eram quase invisíveis. E serviram-se dessa discrição. </div><div align="justify"><br />O artigo libertou-se das reticências, e permitiu ao substantivo uma ligeira cópula num pequeno índice. Era uma situação condicionante para provocar alguns sinônimos. Ambos já estavam bem, entre parênteses, quando, nesse período, o sujeito, usando-se de flexões verbais, e entrou com o determinante em seu aposto. </div><div align="justify"><br />Ali, acionariam um vocalize, e ouviriam uma fonética clássica em Ré maior, enquanto se preparavam duas parataxes duplas para ele e um hiato com gelo para ela. Conversavam, sentados num vocativo. Ela, periférica, deixava; ele, com um sintagma adverbial, propôs um imperativo. Se os demais termos os vissem ali, diriam que aquilo acabaria num transitivo direto.</div><div align="justify"><br />Ela tremia de vocabulário; ele sentia o próprio ditongo crescente. Uniram-se numa sintaxe de colocação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre os dois. Nessa ênclise, ela confessou que ainda era vírgula. Ele, escandindo a prosa, sugeriu umas e outras soletradas em seu verso dela. Ela concedeu-o; estava oxítona e monossilábica aos apelos dele. Então, com duplo consentimento, partiram para uma cópula comum de dois gêneros. Entre parônimos homônimos homófonos e heterográficos, cavalgavam. </div><div align="justify"><br />Um e outra ficaram nessa próclise. Com seu predicativo do objeto, o substantivo harmonizava-se com a regência. Nessa posição de primeira e segunda pessoa do singular, ela comportava-se como um agente da passiva; ele, na ativa, todo proparoxítono, sentia o poder de intercalar que tinha o seu travessão, forçando aquele hífen. </div><div align="justify"><br />Nisso, outro sintagma se ouviu: era o verbo auxiliar do período. Ele percebera o arranjo e entrou dando conjunções e adjetivos a um e a outro, que se encolheram gramaticalmente, cheios de locuções e exclamativas. Mas, vendo o jovem artigo em prosódia átona, o verbo auxiliar reduziu seus termos e declarou seu particípio na frase. </div><div align="justify"><br />Vendo que isso era melhor que uma metáfora por todo o período, eles consentiram que o verbo mostrasse seu adjunto adnominal. Aquilo não era nem comparativo: era um superlativo absoluto (um ibiraçu!). Aproximando-se com aquela maiúscula, aquele predicativo do sujeito apontava para seus objetos. Comparando o icto do substantivo com seu tritongo, propôs uma mesóclise <em>à trois</em> nestas condições: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria o gerúndio do substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino. </div><div align="justify"><br />A cópula tendia ao bitransitivo, engastando um objeto direto, outro indireto. Assim, assentaram ponto de exclamação ao ensaio, sem dispensar o uso do trema no “u”, fiéis à língua portuguesa, o verbo auxiliar, o substantivo e o artigo feminino, dispostos em conjunção coordenativa sindética, “e e e”, i. é., mais rizomáticos que radicais.</div>arquiteliteraturashttp://www.blogger.com/profile/05547268963980322792noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-7020251546996676817.post-65453287057440180862008-06-22T20:01:00.011-03:002008-07-19T11:26:45.213-03:00A elegância das demonstrações matemáticas ou 7 p[r]o[bl]emas de arquitetos, geômetras, engenheiros e poetas<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdp-62C2JhIkhfs_xKd3ys2cnSsUC1K1Kst3zp36ItqqVcZy0d1LvCorR4mwivx8GZqyVY2SYhRurX5AxBi2ab6DIEnrwp0zNJz61vWNhqNQAxcENMipdmzEY3RT6hoAvCbdEySHd2ZXM/s1600-h/geom%C3%A9tricas.gif"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5214845546118486946" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdp-62C2JhIkhfs_xKd3ys2cnSsUC1K1Kst3zp36ItqqVcZy0d1LvCorR4mwivx8GZqyVY2SYhRurX5AxBi2ab6DIEnrwp0zNJz61vWNhqNQAxcENMipdmzEY3RT6hoAvCbdEySHd2ZXM/s400/geom%C3%A9tricas.gif" border="0" /></a><br /><div>RESOLVAM ISTO (CADA P[R]O[BL]EMA VALE UMA SKOL). INTERESA-ME O PROCESSO, O COMO RESOLVER. OS RESULTADOS, JÁ OS CONHEÇO. O DESENHO ILUSTRA A POESIA QUE SÃO, JUNTOS, A GEOMETRIA, O PROJETO, A ENGENHARIA E A ARQUITETURA. </div><br /><div>1) Um triângulo (erótico) retângulo isósceles, ABC, com o ângulo reto (segunda lei) no vértice A, tem sua hipotenusa medindo 6√2cm. Posto que M é o ponto médio do lado AC de ABC, qual será, em cm, a medida do segmento BM?<br /><br />a) 6; b) 3√5; c) 7/ d) 5√2; e) 15/2<br /></div>arquiteliteraturashttp://www.blogger.com/profile/05547268963980322792noreply@blogger.com15tag:blogger.com,1999:blog-7020251546996676817.post-52456325321472007602008-04-19T17:09:00.004-03:002008-04-19T17:41:46.425-03:00Fotogramas de memórias conceituais.<div align="right"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjN7_vnwJwp5i9TvcmoAqbkAfq3Rz4VZMrGNaCrFnvrdjeAFSjQnNwTcNk9U5LvS8POe3qO9q1zKN3yiobI9rC3nwhjxa_4gGS5B5zdkhdJ8l2ISbWVVyYQnpCIUI2PBwQvv8qZq2Q55Ew/s1600-h/50t%C3%B5es.baladeiros.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5191055385755833122" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjN7_vnwJwp5i9TvcmoAqbkAfq3Rz4VZMrGNaCrFnvrdjeAFSjQnNwTcNk9U5LvS8POe3qO9q1zKN3yiobI9rC3nwhjxa_4gGS5B5zdkhdJ8l2ISbWVVyYQnpCIUI2PBwQvv8qZq2Q55Ew/s400/50t%C3%B5es.baladeiros.jpg" border="0" /></a><br /><div align="center"></div>"pessoas perdendo a </div><div align="right">dimensão das </div><div align="right">coisas </div><div align="right">falando do tempo</div><div align="right">quando</div><div align="right">faltam</div><div align="right">palavras</div><div align="right">(pessoas se perdem</div><div align="right">no tempo das </div><div align="right">coisas</div><div align="right">o tempo calado</div><div align="right">trabalha as</div><div align="right">pessoas)"</div><br /><div align="right">(Douglas Salomão)</div><div align="right"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Aí, nesse fotograma, da esquerda para a direita, Ana, Suely, Fernando (Tapinha), Marcelo (Paizinho de Ibiraçu) e eu ouvimos o poeta Luis de la Mancha (Le Padre), na extrema esquerda, tentando, com a mão esquerda, capturar a coisa que a palavra suscita, mas sempre espanta.</div><div align="right"> </div><div align="right"> </div>arquiteliteraturashttp://www.blogger.com/profile/05547268963980322792noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-7020251546996676817.post-35964593002909625502008-04-10T21:55:00.003-03:002008-04-10T22:20:59.218-03:00ZEPHYRUM OU ÂNGULO RASO.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsT81VNiP-4K5bOdRsgY_l43Fdwd9B30Lk7OrMkiNinFEJUKCguypsXOsUw3a8_4L_1qg6JsN_sYMsuu-BJQaQcBKzApB3hztaHydPrSwwF1Cr_4ENJ0z6EQjc2kEGilJD7885KHBw5d0/s1600-h/Digitalizar0002.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5187790783488568402" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsT81VNiP-4K5bOdRsgY_l43Fdwd9B30Lk7OrMkiNinFEJUKCguypsXOsUw3a8_4L_1qg6JsN_sYMsuu-BJQaQcBKzApB3hztaHydPrSwwF1Cr_4ENJ0z6EQjc2kEGilJD7885KHBw5d0/s400/Digitalizar0002.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify">Li pela terceira vez o livro <em>Zero</em>, de Douglas. Ali se pode tocar sua poesia, expressar-se com ela, numa cena especular, visualizando os caligramas, refletindo-se no espelhismo ou promovendo uma aletria hermenêutica, com as manchas ópticas de um letrismo, muitas vezes versilibrista. Sua escrita é provisória, posto que tudo que por meio dela fica, nela falta. No entanto, dir-se-ia: – ah, o homem tem-se pelos retratos. Mas o que serão retratos? Achar-se-á alguém retratado, mesmo que se reflita num espelho? Retratos e espelhos são como os retalhos do tempo (SALOMÃO, 2005, p.23), pondo em movimento apenas os fotogramas de uma sensação conceitual.<br /><br />Palavras-chaves: poesia, signo, arquitetura.<br /><br />Falarei sobre sua poesia em junho, num congresso de Literatura capixaba, na Ufes. Até lá, recomendo que o leiam.</div>arquiteliteraturashttp://www.blogger.com/profile/05547268963980322792noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-7020251546996676817.post-31091072634209007722008-04-06T20:25:00.008-03:002008-06-24T10:14:35.992-03:00A lei do desejo (ou Flórida Shopper pós-moderna)<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjD19qAaCTn1RWJNzvsDtjGYG6tJYCMAbhGiELOrVUC5Q-cmaKf_ogNJeP6ebJMwDe3IBtuPEqBM0e4vSdtWZaF6J_SxukAEFWasmZnbt5OQ7cImSIVj0xMu_KLdOUzahXj0K_jjQgUx6s/s1600-h/PaizinhodeIbira%C3%A7u.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5186285042966939314" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjD19qAaCTn1RWJNzvsDtjGYG6tJYCMAbhGiELOrVUC5Q-cmaKf_ogNJeP6ebJMwDe3IBtuPEqBM0e4vSdtWZaF6J_SxukAEFWasmZnbt5OQ7cImSIVj0xMu_KLdOUzahXj0K_jjQgUx6s/s400/PaizinhodeIbira%C3%A7u.jpg" border="0" /></a><br /><div>LA LEY DEL DESEO é um filme de Almodóvar que expõe os quereres em seus conflitos, harmonias e contradições. A lei que impera é a da solução de continuidade ativa, semelhante ao teorema da relatividade que regula as ondas. Estas, tão logo nascem, erguem-se, dissipam-se e se sucedem por outras, afirmam o cenário de uma perene descontinuidade, assim também se afirma e se nega a fome de sexo entre o seres, cujo produto se obtém de uma análise combinatória entre o número de gêneros das máquinas desejantes que se puderem equacionar entre o personagens da película.</div><br /><div></div><br /><div>Recomendo-a, mas só se você puser a máscara da cultura, porque esse não é um filme para burros, preconceituosos, reacionários e conservadores. Os primeiros não o entenderão; os segundos, se ofenderão; os terceiros serão massacrados, posto que aquilo que escondem de si o filme o expõe e o discute; e esses últimos serão emulados, porque verão que não são os únicos que sentem tais coisas, pois há concorrência na praça para todos os desejos.</div><br /><div></div><br /><div>Advirto-os, no entanto, que até nosso amigo Paizinho de Ibiraçu (que quer dizer pau gigante) comprou viu e elogiou o filme (claro, não teve peito p'rá entrar no cine universitário e vê-lo, mas já não há uma progressão aí?). Sinal dos tempos (de inteligências e verdades tropicais? Viva Caetano!).</div><div></div><div>Ah, a foto, colhi-a aleatoriamente na rede. É um pastiche do hiper-realismo pós-moderno de Duane Hanson.</div>arquiteliteraturashttp://www.blogger.com/profile/05547268963980322792noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-7020251546996676817.post-36896325723841633652008-02-21T12:03:00.004-03:002008-04-12T12:15:21.727-03:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVoBjtQdCTe-FnER-EZLRA04AUOc4hob6Aelc7vqGsFzwMecNRjXlvBPNWo-vxcSktKs593WyrzG2H82aBUybUYen9vUqKu2umdp8T9bVY6LshCs6783Y6jO8q1-m9xbOw6X1bGRqQCSY/s1600-h/Imagem+001.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5188377609165188210" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVoBjtQdCTe-FnER-EZLRA04AUOc4hob6Aelc7vqGsFzwMecNRjXlvBPNWo-vxcSktKs593WyrzG2H82aBUybUYen9vUqKu2umdp8T9bVY6LshCs6783Y6jO8q1-m9xbOw6X1bGRqQCSY/s400/Imagem+001.jpg" border="0" /></a><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhsKuobzA_diuE0UpEbAtthFiU0I3XrkcWpHePc5BlmazCczU78BI5E_Y4QiIuR7_xiSsOjABwr86eEM6dtIwsu8fhGS0eUDbwK5o2BkDz_ooyedMnkN4UynrNexx62w770OMqpa_5BGc/s1600-h/Imagem+005.jpg"></a><br /><br /><div align="justify">O “RELIGARE”: ONIRISMO E ONANISMO MENTAL: UM DIALOGO COM O TEXTO "UNIVERSAL DO REINO DE DEUS", POSTADO POR LOUÍS EM 18 JAN 2008.<br /><br /><span style="font-family:georgia;">“eu perdi tudo que tinha<br />carro, casa e uma lavanderia<br />meu marido arrumou uma amante<br />meu filho ficou revoltado<br />minha filha ficou grávida de um traficante<br />cheguei no fundo do poço” (LUIS, 2008).<br /></span><br />Na linguagem, constituímo-nos humanos. Há dois tipos dela: uma, histórica; outra, não-histórica. Aquela, esclerosando-se, perde seu tempo em descompasso com o movimento histórico; esta, fluida, viva e aberta, indica adventos de outras ordens. Desejos e linguagens nos habitam. Se, por um lado, a linguagem ata os desejos, por outro, os desejos libertam os signos, tornando-os vivos e fluidos. Nomear-nos seres de desejo contradiz parte da tradição filosófica ocidental que desqualificou os elementos afetivos e emotivos do existirmos. Mas não se deprecia a importância do contexto, da realidade em que nos colocamos na condição de seres históricos; tampouco se dispensam os sonhos.<br /><br />Entre parangolés e patrões do mundo, os sonhos surgem e o corpo aponta para pequenas viabilidades. Por meio do corpo, descobrimos a natureza como algo nosso. Não se conhece o mundo sem o corpo. Os limites de cada corpo denotam os limites de cada mundo. Por que se vêem as estrelas, diz-se que o corpo vai até elas.<br /><br />O que seria o religare diante disso? Um enigma a se decifrar? Os discursos estabelecidos não conseguiram, de forma adequada, a realização disso, mas contribuíram para sua compreensão, no entanto, ficaram aquém, quando pretenderam desvelar o fascinante fenômeno religioso.<br /><br />A Pesquisa moderna viabilizou, com linguagens e perspectivas científicas, uma torrente de críticas à religião. Parecia que o fenômeno religioso, uma vez decifrado cientificamente, não sobreviveria. O novo saber que paira nestes tempos, e que já havia investigado o mundo da natureza, agora chegou ao homem, para desvelar os segredos milenares de sua constituição interna, em suas práticas sociais. Comte, Freud e Marx, cada um a seu modo, tantaram esclarecer as razões da religião e o seu finar-se. Acreditava-se que a morte da religião se concretizaria em questão de tempo.<br /><br />A religião não foi bem compreendida por aqueles que se dispuseram a decifrá-la. Para entendê-la, é preciso basear-se no fato de que o homem é um ser de desejo, sonho e linguagem. O religare expressa a meta da alma solitária, constituindo uma confissão silente e inconsciente dos segredos que ali se ocultam, revelando o projeto do homem para a vida (própria e alheia).<br /><br />Para Marx, o homem é um ser histórico, concreto, contendo as marcas da historicidade e de seu mundo social. As ilusões não são acontecimentos apenas subjetivos, corrigíveis pela filosofia, mas decorrências de fatores externos à própria consciência, que precisam ser suprimidos, para a superação da alienação. Em suma, a superação de certas ilusões só é possível à medida que se superem as situações que se encontram na base dessa alienação. O sofrer religioso, segundo Marx, é, simultaneamente, a expressão do pathos real e do protestar contra esse penar real; é o suspiro da criatura oprimida; o coração de um mundo sem coração, da mesma forma que é o espírito de uma situação sem espírito; "é ópio do povo". Em relação ao conceito de alienação, em Marx, a religião não deve ser simplesmente entendida como reflexo invertido da realidade, mas o ‘suspiro e o protesto’ do oprimido seriam a expressão da resistência à ordem imposta.<br /><br />Tendo como solo o coração do homem, a religião, emerge a partir das dores do presente. Ela não escapa ao drama da existência humana. É preciso decifrar os sonhos de forma adequada, coisa que Freud pareceu não realizar. Segundo ele, a religião não passaria de um infantilismo, que nos faria reviver certas experiências de meninos. Sigmund Freud interpretou os sonhos individuais, mas não foi apto a compreender a religião enquanto um grande sonho compartilhado. Não empregou os instrumentos que ele mesmo criou para compreender o fenômeno religioso enquanto um sonho coletivo, assim, esse pensador moraviano acabou sucumbindo à racionalidade científica e iluminista tal como o fizera o próprio Marx. O “princípio o do prazer” suplantou-se pelo “princípio da realidade”. </div><br /><br /><div align="justify"></div><br /><br /><div align="justify">Freud também descobriu que nós, contra aquilo que o iluminismo nos legara, não agimos racionalmente. Impulsionam-nos os desejos inconscientes e eróticos, que moram lá nos grotões da alma. Em vez de partir daí, para elaborar uma teoria positiva do inconsciente, como o intentaram os românticos, Freud teria concluído, com certo estoicismo moral, que o inconsciente deveria reprimir-se? Sei lá.</div><br /><br /><div align="justify"></div><br /><br /><div align="justify">Indicarei uma ótima referência dessa discussão, em breve. O Cara é fera em filosofia da religião. Aguardem. </div></div>arquiteliteraturashttp://www.blogger.com/profile/05547268963980322792noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-7020251546996676817.post-43197391505589788942008-01-19T21:12:00.000-02:002008-01-19T22:14:31.132-02:00Porque hoje é sábado, 19-01-2008<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhs8zfY_ChIu_C5JheuC3e-pcKlndM1ZHVpoZkSz3RIhzpNgSYL7GjrYpNrNcnmbCdkR-UbDNRhlKKZgj2GN1sS1VLiCTaHIxvsVC1gK2yX931ug9aoIspZ9tLsPNvJulEV9-v9VWMsES0/s1600-h/10.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5157345225082536466" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhs8zfY_ChIu_C5JheuC3e-pcKlndM1ZHVpoZkSz3RIhzpNgSYL7GjrYpNrNcnmbCdkR-UbDNRhlKKZgj2GN1sS1VLiCTaHIxvsVC1gK2yX931ug9aoIspZ9tLsPNvJulEV9-v9VWMsES0/s400/10.jpg" border="0" /></a><br /><div>Entende-se que pensar diferente, e expressá-lo, implica a possibilidade de crescimento intelectual e pessoal, posto que quando se aprende algo a respeito de si e sobre o alheio, viabiliza-se o reconhecimento da própria ignorância.<br /><br />Creditar as idéias no banco do aprendizado faculta o reconhecimento de que se pode saber mais. Mas, aí se interpõe um obstáculo à sabedoria: Tentar impor as próprias idéias, pelo simples fato de que são assinadas pelo que discursa, explicita a face do ignorante que tal falante passa a ostentar. Daí nascem as classificações: simpático, nostálgico, exibido, humilde, grosso, macho, inteligente, culto, metido, bem-humorado, generoso, descolado, deslocado, tímido, inconveniente, chato, agradável, franco, irônico, falso etc.<br /><br />Tantas classificações demonstram que não se conforma com as “personae” que cada um escolhe para atuar nos diversos contextos da enunciação. Agradam-nos as convivências e as trocas simbólicas que delas advêm. Nessas interações, residem os desejos que geram os desejos. Isso se instaura sempre que um discurso se encontra com um leitor, um ouvinte ou um corpo a quem se destina uma frase, um olhar, um toque. Acredito que esse interlocutor finda e inicia o círculo do conviver. No entanto, se nós insistirmos na taxonomia dos perfis sociopsicológicos, apenas suavizaremos as máscaras de nossas torpes discriminações.<br /><br />Hoje, dia 19 de janeiro de 2008, o sol brilhou muito claro porque é meu aniversário.<br /><br />Parabéns a todos os meus leitores, sobretudo aos que comentam esses textos aqui: Le Caratec, Le Padre, Disguiser e Gaza. Obrigado pelo presente de ontem Gaza. Show de livro.<br /><br />Obrigado, um abraço a todos. Saúde!!!</div>arquiteliteraturashttp://www.blogger.com/profile/05547268963980322792noreply@blogger.com7