sábado, 19 de janeiro de 2008

Porque hoje é sábado, 19-01-2008


Entende-se que pensar diferente, e expressá-lo, implica a possibilidade de crescimento intelectual e pessoal, posto que quando se aprende algo a respeito de si e sobre o alheio, viabiliza-se o reconhecimento da própria ignorância.

Creditar as idéias no banco do aprendizado faculta o reconhecimento de que se pode saber mais. Mas, aí se interpõe um obstáculo à sabedoria: Tentar impor as próprias idéias, pelo simples fato de que são assinadas pelo que discursa, explicita a face do ignorante que tal falante passa a ostentar. Daí nascem as classificações: simpático, nostálgico, exibido, humilde, grosso, macho, inteligente, culto, metido, bem-humorado, generoso, descolado, deslocado, tímido, inconveniente, chato, agradável, franco, irônico, falso etc.

Tantas classificações demonstram que não se conforma com as “personae” que cada um escolhe para atuar nos diversos contextos da enunciação. Agradam-nos as convivências e as trocas simbólicas que delas advêm. Nessas interações, residem os desejos que geram os desejos. Isso se instaura sempre que um discurso se encontra com um leitor, um ouvinte ou um corpo a quem se destina uma frase, um olhar, um toque. Acredito que esse interlocutor finda e inicia o círculo do conviver. No entanto, se nós insistirmos na taxonomia dos perfis sociopsicológicos, apenas suavizaremos as máscaras de nossas torpes discriminações.

Hoje, dia 19 de janeiro de 2008, o sol brilhou muito claro porque é meu aniversário.

Parabéns a todos os meus leitores, sobretudo aos que comentam esses textos aqui: Le Caratec, Le Padre, Disguiser e Gaza. Obrigado pelo presente de ontem Gaza. Show de livro.

Obrigado, um abraço a todos. Saúde!!!