quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Marginais magistrais

Manifesto obsoneto [1981]


Isso não é poesia que se escreva,
é pornografia tipo Adão & Eva:
essa nunca passa, por mais que se atreva,
do que o Adão dá e do que a Eva leva.


Quero a poesia muito mais lasciva,
com chulé na língua, suor na saliva,
porra no pigarro, mijo na gengiva,
pinto em ponto morto, xota em carne viva!


Ranho, chico, cera, era o que faltava!
Sebo é na lambida, rabo não se lava!
Viva a sunga suja, fora a meia nova!


Pelo pêlo na boca, jiló com uva!
Merda na piroca cai como uma luva!
Cago de pau duro! Nojo? Uma ova!


(MATOSO, Glauco, apud http://maripontequieta.blogspot.com/2007/04/poesia-suja.html)

Nenhum comentário: