sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

TRIBOS DA TURMA DE ARQUITETURA E URBANISMO DE 2004/1


3 discípulos de Marcus V. Pollio – Roj Gê (Nobody), Sá Gen (Everybody) e Lau Pô (Somebody) – meditam sobre os perfis dos estudantes de Arquitetura e Urbanismo. Nobody (N) e Everybody (E) conversam num deck; Somebody (S), num hall contíguo, os ouve e os comenta, evidenciando temas associados à verdade, à cobiça, à vaidade, à virtude e à vida.
(N)
Tribos compõem essa turma ingressante
Regulamente descrita e aprovada
In vest Ufes de 2004
(Bacoreje-se, primeiro semestre).
Os perfis que aqui ora se apresentam
São homenagens à nossa vivência.
(E)
Dê-se um fio à sua língua nas pedras da sinceridade e da
Adulação, mas cuide-se para que de aguda não a desponte.
(S)
Temo que Nobody faz homenagens, mas
Urge que Everybody tenha língua sincera e aguda.
Registre-se que dentre esses perfis tribais, nada é preciso.
Muitos se compartilham iguais e distintos entre uns e
Alguns, coletivamente, sobre os primeiros 3 semestres.
(E)
De todos os perfis, são 5 tribos, 6 Migrantes Sem Tribos (MST)
E 5 desgarrados por aí, mais 1 perfil adotado: Ala Up.
(N)
Ana Mi, Enila, Ana Radi, Clara, Ai Tse e Gin Rid são MST. Sem
Raízes, lhes sobram beleza, simpatia, inteligência e outras. É
Que migram, diplomatas entre as tribos e colhem, sympathias.
Umas e outras se enquadram no perfil “Gatinhas: 90% o são.”
Irmughe El, Er Nafond, El Fará, Ani Carlo, Ino Pli, soltos,
Têm perfis opostos: são fatoriais em período e personas. Minorias:
Este perfil é algo rico: vai dos “Metrossexuais” aos “Normais”.
Tribos, aqui se descrevem 5: Colas & Tinas, Contra senso, Hart Ma,
Unheimlich e Sympathy. Aqui vão seus componentes:
Rima Colas & tinas com disciplinas, serenidade jovem, Num. One –
Ah, estrelas. tribo pequena, mas em festas e seminários, arrasam!
(S)
E, pequenas notáveis tribos, mais duas: Hart Ma, Contrasenso.
(E)
Uma guerreira; outra encrenqueira; uma tribo Hart Ma comanda:
Raab Arb (flexível) Hart Ma (forte), Ana Drai (bela, zen).
Belas, mas independentes, Felinas; outro nível. Nossas Musas!!!
A Contrasenso, Roj Gê, Sá Gen e Lau Pô, forma, com Hart Ma, rede
Na gandaia global. Roy Gê (inteligência, bondade – também
Ironia); Sá Gen (cultura, beleza, simpatia, austeridade). Lau Pô é
Sem estilo. Migrante, a ele se lhe parece magnífico ser de duas
Mesmas tribos e interagir. Agora, as duas maiores e mais
Opses: Sympathy, Unheimlich. Esta, Tina Tae, Sagrilee, Zitreba, e
(N)
2 componentes a mais, Seila, Viena Vi: culturas matemáticas
0 mais diversas. Há beleza no olhar letal de Carmem. Única!
0 único é a Sympathy: Ulla Bren, Tai Clei, Dila Lum, Ana Sadres –
4 belas moças + 1 valete, El Fará. Simpatia os reúne, mas algo, a
/ (a barra), os eleva, dividindo-os e atraindo-nos a
1 tal top: tribos da turma de Arquitetura e Urbanismo de 2004/1.

11 comentários:

Contrasenso disse...

“Quem quiser ganhar seu inimigo em terra hostil,
Não se arvorará dono de casa,
Mas portar-se-á como hóspede em casa alheia”.
(Lao Tsé)

Fora esse o descaminho, a falta grave, a displicência ou, deliberadamente, a negligência salutar dos três elementos tribais que, não sem um propósito irônico-coerente, atendem por alcunhas pronominais indefinidas. Salvo olhares não familiarizados ao dia-a-dia daquela pós-moderna Aldeia Acadêmica Vitruviana, diriam ser no mínimo incoerente, senão paradoxal, os nomes com que foram “alcunhadas” as entidades psico-carbônicas pertencentes à tríade Contrasenso.

Nada disso! A nomenclatura autoriza uma afirmação ainda mais aterradora, e, não ao acaso, reporta-se a eles genericamente como entidades, pois sua proposta indefinição conota uma característica inerente aos três; conservam relação estreita com o metafísico campo do ideal, do perfeito, do transcendente, do tudo, do nada e do algum. Todavia, não preservaram sapiente fidelidade para com o excerto que epigrafe este texto “e desde então e que data o que, enfim, dizemos minha chaga, minha fatalidade” (BAUDELAIRE). Tríade pertencente à casta pouco prestigiada dos docentes deveria aviltar-se ante o solo sagrado da casta “incorporadora-construtura” e, calar suas vozes pensantes perante o dialeto acropolitano, aquele com sotaque sibilante de sofischta (de sofischticado)?

Não o fizeram. Pelo contrario! Com aquela característica inerente ao peladeiro de campo de várzea, mataram a bola no peito, fizeram umas embaixadas, tocaram de calcanhar e, para completar, realizaram uma pitoresca triangulação apimentada com gingas, firulas e pedaladas! Trataram a bola por “você”, e não “Vossa Senhoria”. Não se acanharam por pisarem seus calejados pés descalços no gramado dos Campos Elíseos Arquitetônicos. Assim, utilizando uma expressão bem em voga atualmente disseram: “Quem manda nessa porra somos nos!” E fez-se.

arquiteliteraturas disse...

"[...]diriam ser no mínimo incoerentes, senão paradoxais, os nomes com que foram “alcunhadas” as entidades psico-carbônicas pertencentes à tríade Contrasenso" (MARTINS, 2007).

Eis que o poema se encontra com sua primeira fortuna crítica. Isso o capitaliza. Mesmo destituído de valor literário, que não pretende para si, enfim, isso o capitaliza com algo existente que se refere a algo existente. Talvez se proponha como um "tema gerador", conclando outros poetas mais hábeis a escrever sobre o assunto.

Arrisquem-se.

arquiteliteraturas disse...

Pô, mas cá p'rá nós os (temulentos) leitores: esse ensaio do Contrasenso está primoroso, hein?!?

Simplesmente perverteu o adágio, tornando-se a emend[t]a melhor que o soneto. Se bem que quem sai na primeira linha é mesmo o próprio Contrasenso, que pertence à turma homenageada no "poema" acróstico e paragramático: festa a engastar-se em coléticos papos.

Mas, hein!?!

GAZUL disse...

Que samba do crioullo doidio, hein:

"Vem, que passa meu sofrer
Se tudo mundo sambasse
Seria mais fácil viver!" (C.B.H.)

arquiteliteraturas disse...

Tu és o samba? A voz do forro es tu mesmo sin sir?

Arquitetura é pau-a-pique com taipas de sopapo. Cacete armado, na Bahia.

Contrasenso disse...

Realmente! Procurei uma figura de linguagem ou um álibi gramatical que me indultasse a transgressão lingüística cometida no fato de não haver a apropriada concordância das palavras, incoerente e paradoxal, referindo-se a palavra nomes! Nem mesmo uma silepse de numero me autoriza o inapropriado uso no singular das duas palavras. Enfim, equivoco indiferente para a juventude “Tipoassim”; contudo não nos nivelemos sob esse substrato de ignorância e precário trato com a nossa língua portuguesa. Tentarei não repetir o deslize.
Abraço, camarada!

Contrasenso disse...

“Dizem que uma pessoa não deve hesitar nem por um instante em se corrigir quando comete um erro. Ao fazer isso, seus erros desaparecerão rapidamente. Mas, se tentar oculta-lo, o erro se tornara ainda mais indigno e doloroso” (Hagakure, p. 58)

ps. Meu teclado ainda teima e não por acentos, já esta na hora de jogar fora!
Não resisti em dar uma repassada em Hagakure so para fechar o ano. Que começou com ele. Lembra-se?
Abraço.

Anônimo disse...

Hola, yo vos saludo desde Andalucía.

Es bueno tener otra vez estos dos escribas que vuelvem. Afirmo que Jürgen es muy elegante, identificando, reconociendo y justificando sus errores lingüísticos por medio del apoyo teórico de Hagakure. Valle la citación sobria, elegante y demolidoramente irónica:: "contudo não nos nivelemos sob esse substrato de ignorância e precário trato com a nossa língua portuguesa. Tentarei não repetir o deslize. Abraço, camarada!" (CONTRASENSO, 2007)

Otra prominencia es lo que dice y como lo hace la charla inaugural de Roj Gê: se hace en versos decasílabos. Simplemente solemne e irónico.

(Él me recuerda excesivamente a los decires de Chanfalla, el mentor de los trucos del texto de Cervantes y a los asertivos de uno de los diablos, del texto de Gil Vicente).

Para hablar en esto, deseo indicar aquí una lectura intertextual del poema paragramáctico (anagramáctico) y acróstico de Arquiteliteraturas. En la verdad, no es solamente un poema. Es un texto, híbrido, medio auto, un poco burlesco, medio teatro de muñecas, que dialoga con otros textos y autores sabrosos, que son extemporáneos: Gil Vicente, Miguel de Cervantes y Ramón de Valle-Inclán (este ha sido publicado en el siglo XX).

Creo que estos autores excusan comentarios, para los aman la literatura. Pero valle el registro de sus textos reflejidos allí. En la orden de los autores: Auto da Lusitânia; Entremés del retablo de las maravillas; y Esperpento de los cuernos de Don Friolera.

El curioso es que todos los textos son burlescos, "contrasensos" y demolidores de las tradiciones arcaicas, pero ellos prestan homenajes a un grupo de amigos allí. ¡Muy interesante! Recomiendo a la lectura de estos textos y autores que dialoguen con el postagem de Arquiteliteraturas. Existen en el Internet, para los lectores jóvenes.

Clara Moreno.

Luis Eustáquio Soares disse...

ninguém, todos e alguém e temos o arquicenário de uma turma de arquitetura, com o Paulo, rei menino não no trono, que é tolice e porque antes de tudo sabe que todos devem ser destronados, os tronos, mas no rés-do-chão de todas as aberturas pra aprender, conhecer, ensinar, viver, trepar e amar.
belo texto, amigo,
abraço,
luis

GAZUL disse...

A voz do forro é o cacete, na minha viola as cordas são pentelhos da última musa que por mim passou... ela falou que queria depilação definitiva, ora!

Luis Eustáquio Soares disse...

se se lê até a exaustão, até o limite do tédio e do sono e ainda mais além de toda borda do cansaço, se avançando ainda mais pelos minutos e segundos, sorvendo as previsíveis dandas dos clichês, horas e horas, então é porque a disciplina é irrefreável, devendo ter algumas linhas de fuga: sonho, de-lírio, oásis,e o paulus duro.
abraço,
luis