domingo, 11 de abril de 2010

Um poema de Riobaldo Torres Crol




DESPEDIDA 02/04/10

Minhas esperanças acabaram.
Procuro respostas, mas não as encontro.
Motivos? Não os visualizo,
mas o vazio da perda e o coração partido
levam-me ao nó na garganta. O grito incontido
emerge com força e ecoa ao infinito:

Por quê? Por quê? Por que tanta dor?
O peito queima e o coração palpita.
A lágrima rola face abaixo
e as mãos trêmulas
enxugam o rosto, num movimento brusco,
como a recriminá-lo por estar sofrendo...
Sofrendo de amor.

Amor na chegada, com tanta alegria; e
amor na partida, com tanta tristeza.
Por que não somente chegada e nunca partida?
Alegria e tristeza, tristeza e alegria,
Amor na chegada e amor na partida.

Vá, seja feliz com o que chegou.
Minha dor dar-lhe-á forças para o novo amor.
Siga tranqüilo, não olhe para trás!
Deixe-me sozinho,
com minha dor singular!

(Riobaldo Torres Crol)

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