segunda-feira, 18 de abril de 2011

LITERATURA E TRADUÇÃO: TRAIÇÃO, TRADIÇÃO E CONTRADIÇÃO


Estudo de três questões pertinentes à Literatura e à tradução: traição, tradição e contradição. A tradição encena a traição com estes epigramas, um italiano e outro francês: traduttori, traditori e belles infidèles. Mas o que eles traduzem? Como o fazem? Que valores traem? A contradição põe a tradução entre a intuição prática – destituída de teoria e reflexão específica – e a pluralidade de textos que a coloca nos domínios da religião, da filosofia, da literatura, da metodologia e da ciência. Reflexão acerca da teoria da tradução no âmbito literário, de suas poéticas, que balizam a crítica pertinente às várias faces do traduzir. Enfoque no exame da tradução de obras literárias, pelo viés da Tradutologia como possibilidades de “pensamento-da-tradução”, reflexão, ensino e outras possibilidades, concedendo à prosa criativa e à poesia o mesmo regimento estético. O procedimento de pesquisa será a análise e a comparação de textos, com um breve cotejo dum excerto original, de Hamlet, e suas traduções à luz da leitura de escritos teóricos, tendo como foco central os textos de Antoine Berman. Em nível de conclusão, aponta-se que a maioria das traduções se estabelecem técnica e artisticamente, avalizando a tradição, mas, com as críticas modernas a elas dirigidas, tendem a confrontar-se com suas traições e contradições, sair da zona de conforto e se afinarem com os valores da experiência e da reflexão.


Palavras-chaves: Literatura. Linguagem. Tradução.

5 comentários:

Luis Eustáquio Soares disse...

fizeste um incisivo poema-comentário.
no entanto do entretanto, paulo, o nômade, com a máquina de guerra das letras garatujas-quixotescas, com seu falo descentralizado de dobras sobre/sob dobras, na curva das encruzilhadas de campos e de espaços, o nômade nomeia o inominável do inomável sem domá-lo, adestrá-lo, axiomatizá-lo, fazendo-o ao mesmo tempo ser imperceptível, impessoal e indiscernível, uma terceira ausente terceira pessoa indefinida sem trindade, num devir destudo de exterioridade a combater os dentros, paulo, os dentros dos saberes instituídos, idos, doídos. é esse saber que o nômade combate, que combatemos. a clareira do impossível, é o que precisamos, apenas, fabulando, confabulando.

um abraço de distâncias perto,
do amigo,
l

Luis Eustáquio Soares disse...

paulo, preciso falar com vc (artevicio@hotmail.com)

é sobre o ser trabalho de arquiteto. pode rolar uma graninha
saudações,
do amigo,
luis

GAZUL disse...

Em resumo: uma flor!

Luis Eustáquio Soares disse...

escutando o barulho estrontoso-silenciosos de infinitésimos de partículas desatômicas, na areia do tempo...
meuabraço,
l

Anônimo disse...

Esse exemplar de finissima e delicada flor que se desflora à avessas, no sentido inverso, contrária ao sol (leia-se: local constumeiramente não aquecido pelo astro rei, opa! Digo, perdão, pelo Mastro REI) És digna de tamanha contemplação.
ASS>: PauLúdico 8=====D--